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terça-feira, 21 de agosto de 2018

Pedagogia nossa da desigualdade social


O Sistema Educacional no Brasil é constituído com base nos interesses do governo, pois seus objetivos são vinculados à política da dominação. É fácil compreender na prática, mesmo com uma análise superficial do nosso ensino público, pois vastos são os materiais encontrados na internet, tais como vídeos, documentários, artigos e outros.

De quem é o interesse na manutenção de uma educação sucateada?

Um país tão rico como o Brasil imerso numa pobreza sem fim e nada do que é feito, é suficiente, por que? 


Muita corrupção, muita alienação e nada de senso crítico ou participação popular nos problemas e causas sociais que realmente importam. Quais as preocupações do povo? Tanta reclamação por falta de condições dignas de viver, buscam culpados... 

... mas quais atitudes estamos tomando?

Pensamento simples: Se você tem acesso a uma escola que te estimula a pensar (formação de senso crítico), então fica fácil exercitar a mente para conteúdos de suma importância que te permita ingressar no mercado de trabalho e competir com chances equivalentes, e mais, fazer análise das estruturas de base como política, saúde e educação, participar de modo ativo e consistente. Mas como são nossas escolas?


Fomos 'ensinados' a ser obedientes, a seguir a cartilha sem racionalizar nossas ações e nosso comportamento. Somos instigados a querer ter o que o nosso dinheiro não pode comprar, vivemos reféns do consumismo, precisamos ter! E depois que adquirimos tais bens ou produtos, passa a fase da ostentação e então, lembramos do que realmente precisávamos. Pessoas se deprimem, compram problemas para ostentar uma vida que não lhes pertence. O Instagram está cheio de vida fictícia ou mesmo páginas do Facebook. A classe dominante cria e a popular investe. Educação para quê?

Acho engraçado, aqui a modinha da vez é o "politicamente correto",  preocupam-se em demonizar algumas coisas, porém ninguém demoniza a corrupção. Com essa história demagoga, não vejo a naturalização da orientação sexual, nem das questões de gênero ou raça, ou outras lutas em evidências. Assisto pessoas querendo usar essas causas em benefício próprio e não de um todo como deve ser. Tantas questões para discutir e a atenção sempre é desviada de uma forma indevida, cabe aqui este trocadilho.

O Brasil indo para o buraco e as pessoas se preocupando com pessoas que estão fazendo seu momento, culpo elas? Jamais. Quem está na m#$*¨precisa ser esperto para aproveitar a atenção que lhe é cedida e prosperar. Nesse caso, pagamos para vê-los, diferente de políticos, que são empregados do povo e ganham salários de 5 a 6 dígitos e como se não bastasse isso, são cobertos de regalias... Se são tão bem pagos, por que o trabalho deles não tem efeito na vida da população?
"Salário de R$ 33.763, auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 101,9 mil para contratar até 25 funcionários, de R$ 30.788,66 a R$ 45.612,53 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato, entre outras despesas. Dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo, ressarcimento de gastos com médicos." (Congresso em Foco)

Pelo amor de Deus, e o povo só se f&*#??


Se pensarmos em ...

Alimentação: Um país como o Brasil, riquíssimo em biodiversidade, não consegue suprir a fome de seu povo. A quantidade de pesquisas sobre fome e miséria são absurdas, geralmente o problema se dá por questões político-sociais. 

Saúde: O SUS é, na teoria, o melhor programa do mundo. Porém não funciona efetivamente. Poderíamos ter uma saúde de primeiro mundo.

Educação: Temos escolas gratuitas da Educação infantil ao Ensino Médio, porém sucateadas, com professores muitas vezes mal preparados e mal remunerados, que impossibilita o acesso à Educação Superior em instituições públicas, porque as provas de acesso (vestibular e Enem) são excludentes. 

Se você sai de uma escola pública sucateada e compete com um aluno de uma escola particular, quem tem mais chances de entrar no nível superior? 


O aluno que vem da escola pública que pode ter até uma estrutura física péssima ou às vezes até simpática, porém mal aprendeu a ler, interpretar e fazer contas básicas 

ou

aquele aluno que veio da escola particular, muitas vezes com estrutura de shopping center, que teve acesso à viagens, atividades extras (Kumon, cursos de língua estrangeira, etc), fez atividades físicas (tênis, judô, natação, balé, etc.), tem acesso a terapia, lanche diários na escola, refeições 'de verdade', acesso à médicos sempre que necessário...

Educação, claramente, se tornou mercadoria!


Emprego: Aqui temos bem definidos os contornos, fala-se em meritocracia. Analisando a situação acima, que é refletida no contexto da empregabilidade, quais as chances do aluno de escola pública conquistar um excelente emprego e sair vitorioso ante uma concorrência por puro mérito? Será que cabe aqui o fator 'sorte' para uns? Sem contar que, concurso público entrou em escassez, o intento é terceirizar para pagar menos e sucatear instituições como Caixa Econômica, por exemplo, que todos sabemos estar na corda bamba.

Lazer: Acesso à arte e cultura, considerado artigo de luxo. Se não há recursos para prover o básico, então esse quesito é mais que limitado.

Aposentadoria: Se tornou sonho até para funcionários públicos.

Um pouco da História da Educação...



Fazendo um breve paralelo com a história, lembramos que o ponto de partida da educação no país foi com os jesuítas, em que a catequização não era um processo altruísta, mas sim de controle (índios domados e alienados não causariam problemas). Os Jesuítas foram expulsos de Portugal e das suas colônias em 1759, e no Brasil teve um enorme impacto na educação, aqui foi aberto um longo período em hiato. Lembrando que para os portugueses, a escola tinha que estar a serviço do Estado e não da fé.


Anos depois, com a vinda da família Real em 1807, a educação popular foi ignorada e para suprir interesses reais, surgiram: academia militar, curso superior (direito, engenharia, medicina), Biblioteca, imprensa, etc. Já em 1824, outorgada a Constituição Brasileira e no art. 179, foi declarado o direito de instrução primária gratuita para todos os cidadãos, porém o que temos é uma precária educação básica que vigora até hoje. 

Na década de 1920, após a Primeira Guerra Mundial, a educação passou por um processo de renovação no setor educacional. Educadores criticavam o modelo passivo de ensino que vigorava, onde os alunos eram vistos como 'folhas em branco', ou seja, eram meros receptores dos conhecimentos do professor (Educação Bancária de Paulo Freire).

Como prova desse descaso, o relatório de Lino Coutinho (Ministro do Império) mostrava os péssimos resultados da implantação da Lei de 1927 (sobre a instrução pública nacional do Império do Brasil, estabelecendo que “em todas as cidades, vilas e lugares populosos haverá escolas de primeiras letras que forem necessárias”). Um belo discurso estava impresso na ideologia, contudo sem recursos para criação de condições para existência das escolas e para o trabalho dos educadores. 



Revolução de 1930 - Marco referencial para mudança no perfil do modo de produção brasileira, adoção do Capitalismo, com isso investimento no mercado interno e na produção industrial. Para que investir na educação? Simplesmente, pela necessidade de mão de obra especializada. 
Seguindo a história...

Em 1931, implementação da reforma educacional pelo Ministério de Educação e Saúde Pública,  a implementação de um currículo enciclopédico, a primeira aparição do currículo nas leis e reformas educacionais, frequência obrigatória nas aulas e dois ciclos (fundamental e complementar, obrigatórios para o ingresso ao nível superior).


Partir para Era Vargas (1931-1945): A educação institucional ganhou contornos e a Escola Nova imperou, todavia este período foi composto por uma sucessão de projetos que pareciam expandir os direitos da classe trabalhadora, mas que analisados na prática, apenas concediam privilégios às classes dominantes. 


Anos depois, no período militar (1964-1984), o governo federal reduziu as verbas da educação e por intermédio da Carta de 1967, abriu as portas para educação privada. 

Houve a ampliação do estudo obrigatório de 4 para 8 anos; apoio à pesquisa e à pós-graduação; ...

Mobral em Piquete Foto publicada no Jornal "O Estafeta"
Criação do MOBRAL para erradicar o analfabetismo (que não deu certo) e nesse contexto, censura contra disciplinas como História, Geografia, Filosofia e Sociologia.

E na atualidade, repetir esse ato não é mera coincidência, pois um povo que não conhece sua história, não tem conhecimento de ideologias e movimentos históricos em prol de uma causa fundamental como a educação, prossegue alienado, sem questionar, sem visão crítica. E para quem isso é importante?? Sem acesso à história do Brasil, não há como fundamentar nossas opiniões, é preciso ler o contexto para formar ideias com embasamento. Certamente, não obter conhecimento histórico só é bom para um grupo e não é o povo. 

Surgiram os movimentos de censura contra educadores e eclodiram cursos profissionalizantes. Em 1969, o Regime por meio da Emenda Constitucional nº 1, que previa em seu artigo 176 que “Respeitadas as disposições legais, o ensino é livre à iniciativa particular, a qual merecerá o amparo técnico e financeiro dos Poderes Públicos, inclusive mediante bolsas de estudos”. 

A partir de 1985, início da Nova República com o governo de José Sarney, período de redemocratização do país. A repressão aos educadores já não era tão escancarada como acontecia no Regime Militar. Nesta fase, o Movimento Brasileiro de Alfabetização – MOBRAL é substituído pelo Projeto Educar, que desenvolvia ações diretas de alfabetização, realizava a supervisão e o acompanhamento dos recursos oriundos das ONGs e empresas junto às Secretarias de Educação e as Instituições de Ensino. 

Em 1886, aconteceu a Conferência Brasileira de Educação é realizada em Goiânia, onde o Conselho Federal de Educação reformula o núcleo comum e os currículos do ensino de 1º e 2º graus. Foi aprovada a inclusão de matérias ao currículo por via legislativa. 

Em 1987, é extinta a Coordenação de Educação Pré-Escolar (COEPRE) e o Programa Pré-Escolar passam a ser coordenado pela Secretaria de Ensino Básico do Ministério da Educação e Cultura. 

Em 1988,  houve redução de investimento na Educação, levando as escolas públicas brasileiras a uma situação calamitosa. 
Ulysses Guimarães e a Constituição de 1988

Constituição de 1988, a Constituição Cidadã: Promulgada após o final do Regime Militar. Nela, surgiram preocupações referentes à educação básica. A educação como direito de todos e dever do estado e da família, Ensino Fundamental gratuito, também aumento das responsabilidades do Governo com educação, dentre outras questões. Leia mais em Politize

Na teoria tudo é lindo...

Depois disso, por voto direto, temos Collor (1990-1992), Itamar Franco (1992-1994), FHC (1994-2002); Lula (2002-2010); Dilma (2011-2016) e atualmente Temer. Tantas mudanças, mas nada que concretize benefícios reais, tais como a redução na desigualdade social ou melhora nas condições de vida da população.


Enfim, o que ainda temos é a pedagogia da manutenção de desigualdade social. E para mudar, será necessária participação popular, reação do povo contra a deterioração das escolas, melhor capacitação dos professores (não se limitar apenas a formação, mas dar continuidade aos estudos, inovar sempre). Vale ressaltar a necessidade de questionamento quanto às práticas em sala de aula, pensar se seguir a cartilha e manutenção da velha mecânica de lecionar é o bastante para a promoção de um trabalho bem feito. O papel do professor é mais do que 'vomitar' conteúdo na sala de aula, é preciso dar novos significados aos velhos conceitos, provocando o aluno a ultrapassar suas limitações e alcançar potencialidades, estimular a criticidade, criatividade e a reflexão dos problema sociais como cidadãos. Pois o aluno de hoje é o eleitor de amanhã. 

Ver artigos:



segunda-feira, 2 de abril de 2018

Sociologia da Educação: Émile Durkheim



Revisão de Sociologia - aula da Prof. Marli (FSB) - parte 1

A sociologia é uma ciência social humana e através dela podemos compreender a estrutura interna dos grupos. 

A ciência é aquilo que produz conhecimento, portanto a sociologia produz conhecimento sobre a sociedade, de modo que a filosofia não é considerada uma ciência, porque não tem pretensão de apresentar verdades. Contudo, ela incita o pensamento, permitindo uma reflexão mais profunda.

Objetivo da sociologia: Estudar os grupos sociais, ou seja, a sociedade

Pontos observados nos grupos sociais: valores, comportamentos, ética e moral (sem moralismo), organização social (dinâmica de vivência), questões culturais, leis, instituições, burocracias, etc.  
    Os principais fatos histórico-sociais que propiciaram o surgimento da sociologia como ciência, foram a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. 

  • A revolução industrial que veio amparada pelo pensamento iluminista da Revolução Francesa foi reflexo da superestimação das ciências da natureza como a verdadeira forma de construção do conhecimento. A sociologia surgiu diante da necessidade de se compreender os novos fenômenos sociais que fervilhavam em meio à nova sociedade industrial que se formava nas cidades. (Mundo Educação)
No contexto das revoluções do século XVIII:
  •  na Revolução Industrial (1750) 

* Mudança na estrutura econômica - Pioneirismo Inglês (Máquina a vapor)

Marcou a desagregação do Sistema Feudal e consolidação do Capitalismo.

Inglaterra tinha um projeto de país engajado em indústria e comércio internacional. 

Contextualizando: Novo modo de produção, novas relações de produção

No período agrícola, vigorava o trabalho do artesão (rústico, manufaturado), que era dono do seu local de trabalho, das ferramentas e do produto final. Nessa situação, imagina a vida de um sapateiro que Com a Revolução Industrial, o artesão não consegue concorrer com as fábricas, pois a produção passa a ser em série. Assim, de um pequeno empresário, ele é submetido à condição de empregado assalariado, perdendo sua autonomia. 
Resumindo, a produção artesanal familiar perde espaço para as fábricas, que ocupam espaços urbanos e destina grande parte da sua produção para a exportação. Resultado dessa história,  operários explorados com longa horas de trabalho, partindo disso surgiram os primeiros movimentos operários.


Formação de duas classes sociais distintas: proletariado e burguesia industrial.

Fatores para que o processo industrial fosse iniciado na Inglaterra no século XVIII:
  • Chegada da burguesia inglesa ao poder político (séc XVII). Essa ascensão, proporcionou maior participação política da burguesia no Parlamento, desde 1688 (Revolução Gloriosa). 

  • Ingleses acumularam capital por séculos devido ao monopólio comercial durante a Expansão Marítima europeia, desde o século XVII. 
Fontes dessa renda: 
  • EUA era colônia que oferecia matéria-prima, navios; Comércio com as colônias da Espanha; Participação do comércio na Ásia; Tratado com Portugal (1703) - fornecia tecido para Portugal; etc.
  • Uso capitalista do solo que gerou fluxo migratório para cidades industriais, justificado pelo Cercamento: Situação em que os grandes proprietários rurais, valendo-se de decretos reais, incorporavam as terras comunais, e estas eram utilizadas para a criação de ovinos objetivando a produção de lã (matéria-prima da produção de tecidos) nas pioneiras manufaturas têxteis. Essas terras, anteriormente, pertenciam à Igreja Católica e aos camponeses, que foram expulsos de suas terras e obrigados a migrar para as cidades em busca de trabalho nas indústrias. Ou seja, sobra terra para ovelhas e falta para os homens. Fato que gerou inchaço urbano; baixa qualidade de vida (miséria, mendicância, alcoolismo); prostituição; exploração da mão-de-obra feminina; exploração do trabalho infantil; problemas de saúde pública como epidemias, etc.
  • A Inglaterra era dotada de fontes de energia natural (carvão e ferro). Havia importantes reservas de minério de ferro e carvão que posteriormente, tornou-se o principal combustível das inovações técnicas, a exemplo da máquina a vapor (substituta das máquinas movidas à força humana). Troca da força motriz humana pela força mecanizada, o que consequentemente aumentou a produtividade.
  • Mão-de-obra disponível
  • Matéria-prima disponível/mercado consumidor/poderosa marinha mercante.
  • Ética Protestante - acreditam numa necessidade de ser produtivos, acordar cedo e estar disposto a produzir, trabalhar. Porque a ética protestante fala em produtividade, ser autônomo e não depender de terceiros. Crença da aprovação divina, em que se trabalha para progredir e prosperar. Trabalho como caminho da salvação, tendo na ascensão social como benção de Deus. Foco em negócio próprio, ter riqueza, família.. Diferente do católico da época, por exemplo: um nobre francês católico que enxergava o trabalho como algo para escravos.
* Lembrando que, a Revolução Industrial no Brasil, só chegou depois.


Émile Durkheim é considerado um dos fundadores da sociologia moderna. 

Com suas contribuições, o campo sociológico se estabeleceu como uma nova ciência. Durkheim procurou compreender como a sociedade de sua época se organizava e o que mantinha os indivíduos unidos.

Viveu na sociedade do século XIX em transformação devido aos desdobramentos da Revolução Francesa e Industrial, sofrendo as influências das ideias iluministas que apostavam no progresso da humanidade e na necessidade de se criar um novo sistema moral e científico mais condizente com a sociedade industrial.

Influenciado pelo Positivismo de Auguste Comte (1798-1857), que está presente em seu método de estudo: a sociedade deveria ser estudada por meio da observação e experimentação.

A relação entre a Revolução Industrial e o surgimento da Sociologia como ciência: 

A ideia de uma ciência voltada para o estudo das sociedades e os fenômenos sociais surgiu por meio das observações dos intelectuais interessados pelo estudo dos novos fenômenos que surgiam nos meios urbanos crescentes. No entanto, essa nova área do conhecimento só se estabeleceu de fato como Sociologia com os trabalhos de Émile Durkheim. A consolidação do modelo econômico baseado na indústria conduziu a uma grande concentração da população no ambiente urbano, o qual acabou se constituindo em laboratório para o trabalho de intelectuais interessados no estudo dos problemas que essa nova realidade social gerava.

Durkheim concentra sua atenção na divisão do trabalho, que é um fato social presente em todos os tipos de sociedade. Nas sociedades capitalistas, o trabalho é pensado como uma atividade funcional que deve ser exercida por um grupo específico: os trabalhadores. Durkheim entende a divisão social entre trabalhadores e empregadores como uma divisão funcional. Divisão entre aqueles que devem cumprir uma atividade de organização da produção e mando (os empregadores) e os que devem desenvolver uma atividade produtiva (os trabalhadores). Essa divisão, como extensão da divisão do trabalho, promove a coesão social e, por isso, deve ser preservada socialmente. No entanto, nessa divisão há problemas que Durkheim vê como doenças sociais que devem ser corrigidas para que o todo social se desenvolva adequadamente. Se há excessos por parte de capitalistas ou de trabalhadores, deve-se regulamentar suas atividades a fim de alcançar o equilíbrio e garantir a integração social das partes envolvidas. Dessa forma, o lema de Durkheim prevalece: as partes (os indivíduos) devem submeter-se de modo a garantir a permanência do todo (a sociedade). De um lado, o capitalista não se deve deixar levar pelo egoísmo do lucro exacerbado, de outro, o trabalhador não deve questionar sua funcionalidade dentro da divisão do trabalho. Para ele, quanto mais especializado é o trabalho, mais laços de dependência se formam. Assim, quanto mais desenvolvida for a divisão do trabalho, maior será a teia de relações de dependência entre os indivíduos (um padeiro depende de um agricultor, que depende de um ferreiro, e assim por diante).(Blog do Chicó)
  • na Revolução Francesa (1789-1799).

* Mudança na estrutura política - novas relações de poder.


França - Século XVIII - Período de extrema injustiça social na época do Antigo Regime.

Em 1787, antes mesmo do início da Revolução, houve a Revolta dos Notáveis - momento que a população começou a mostrar a sua insatisfação de forma popular.

Em 1789, a população da França era a maior do mundo. Os acontecimentos da Revolução Francesa iniciaram no dia 05 de maio de 1789, e seguiram até 09 de novembro de 1799. Trouxe o fim do arcaico sistema absolutista e os privilégios da nobreza. 

Sistema de governo: Monarquia Absoluta. Rei com poderes absolutos (justiça, economia, política, religião).

Dividida em três estados: O Primeiro estado representado pelo clero (alto e baixo clero) e o Segundo estado pela nobreza (cortesão, provincial ou de Toga). Privilégios desses dois grupos: não pagavam impostos. Fato que incomodou o Terceiro estado. A corte de Luís XVI controlava a França e o custo de seus luxos eram exorbitantes. Isso foi o marco para que a população clamasse pelo fim do absolutismo monárquico, assim como com todos os privilégios que eram possibilitados ao clero e principalmente à nobreza. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza. Influenciados pelas ideias iluministas, revoltaram-se contra os outros segmentos e passaram a lutar por igualdade.



Crise na Economia Francesa: Agricultura enfrentando problemas como secas e inundações; indústria têxtil em concorrência com os ingleses e o comercio prejudicado por estes fatos. O povo sofrendo com a fome, miséria, desemprego e marginalização.

Períodos de política turbulenta: governos de império, ditadura e monarquia constitucional.

Fases da Revolução: Assembleia Constituinte; Assembleia Legislativa; Convenção Nacional; O Diretório.



Queda da Bastilha - A Bastilha era o símbolo do absolutismo francês e sua destruição se tornou o ícone da Revolução Francesa de 1789.

A Revolução Francesa foi extremamente sangrenta. O que nos leva a pensar, quanto de violência justifica uma transformação social?



  • De acordo com Émile Durkheim, os fatos sociais são características que moldam o comportamento dos indivíduos em sociedade. Os fatos sociais são definidos pelo autor como Exteriores ao indivíduo, coercitivos e generalizados, em outras palavras, são modos de agir, de pensar e de sentir, que são exteriores ao indivíduo, e exercem sobre ele uma coerção. 
  • Ele acreditava que Sociologia deveria abster-se de estudar as individualidades dos sujeitos e debruçar-se sobre estudos generalistas acerca dos fatos sociais, que foram definidos por esse pensador como os aspectos de nossa sociedade que moldam as nossas ações em sociedade, tais como a língua, o Estado e a moral. Portanto, os fatos sociais eram exteriores ao indivíduo, pois não dependiam dele para existir; coercitivos, pois a não conformação do sujeito resultava em punição; e generalizados, já que atingiam a todos os integrantes de uma sociedade.
  • A sociologia, para Durkheim, deveria ocupar-se do estudo das sociedades no intuito de entender a fundo os processos sociais que formam a realidade social do Homem, atentando principalmente aos aspectos gerais, e não aos individuais.

Durkheim acreditava que o principal papel da Sociologia era entender os aspectos gerais das sociedades e da realidade do homem social. Para tanto, era preciso considerar principalmente os aspectos gerais, em busca da formulação de uma lei geral do funcionamento social.

"Coisa"

O método utilizado por Durkheim para estudar a sociedade aproxima-se daquele das ciências naturais que busca pela objetividade. Ao observar um fato social o sociólogo deve considerá-lo como “coisa”, como algo externo, procurando afastar as prenoções que carrega acerca daquele fato, libertar-se de falsas evidências, dos preconceitos, de seus sentimentos ou paixões. Deve-se adotar a prática cartesiano da dúvida metódica.

Assista o vídeo documentário sobre Durkheim e a análise dos fatos sociais. 



domingo, 18 de março de 2018

Religião x Religiosidade

É o que me basta!!
Religião x Religiosidade
" Não há registro em qualquer estudo por parte da História, Antropologia, Sociologia ou qualquer outra "ciência" social, de um grupamento humano em qualquer época que não tenha professado algum tipo de crença religiosa. As religiões são então um fenômeno inerente a cultura humana, assim como as artes e técnicas." (XR.PRO)
Religião deriva do termo latino "Re-Ligare", ou seja, "religação" com o divino ou com o próprio Deus..  Na prática, a religião é um sistema ou doutrina de respostas, onde denominações religiosas são compostas por sistemas religiosos próprios.



"A Religião é uma manifestação coletiva, geradora de fortes sentimentos de identidade entre os seus membros, que partilham a mesma crença não apenas se juntam para manifestarem a sua fé." Interfere na sociedade, pois as festividades populares estão vinculadas aos acontecimentos religiosos.

Exemplo:




Assim como temos o Natal e outras festas que perderam o sentido religioso há muito tempo. Fale em Páscoa e o que você lembra???

Ovos de chocolate 


Vai dizer que não?


Do ponto de vista de Durkheim, as crenças e práticas religiosas serviriam como meios culturalmente determinados de manter e regular relações e ajustes humanos, propiciando estabilidade às sociedades (DURKHEIM, 1989). 


Marx  Weber foi enfático ao declarar que a religião é o “ópio” do povo, sendo assim uma falsa e ilusória representação do mundo (MARX; ENGELS, 1976, p.40)

religiosidade, ainda nos tempos atuais, é compreendida como uma expressão da vida e da moral privadas e, portanto, parte da dimensão da subjetividade, ou seja, da escolha pessoal/fé (SIQUEIRA, 2005). Há outro conceito que refere a religiosidade como "a dimensão do ser humano pela qual ele experiencia o sentido espiritual e transcendente da vida."

Um exemplo pessoal, não pertenço a nenhuma religião, mas tenho minha fé, acredito em Deus!

Uma pessoa pode não participar de nenhuma religião e ainda assim continuar sendo religiosa, isto porque a religiosidade é inerente ao ser humano, isto significa que ele nasce com esta dimensão.



O brasileiro é mais tolerante quanto às diversas religiões/religiosidade, pois não protagonizam conflitos violentos/sangrentos pela causa, diferente de irlandeses, por exemplo, que protagonizaram verdadeiras batalhas (religioso/político) entre católicos e protestantes.

Para Osho:
"A verdadeira religiosidade não precisa de profetas, salvadores, livros sagrados ou igrejas. Osho, com toda a sua sabedoria, nos mostra que não dependemos de religião para trilhar o verdadeiro caminho do amor e do autoconhecimento.

"Religiosidade é diferente de religião" propõe que você abra os olhos e enxergue a vida sem preconceitos, ideologias, ilusões ou mandamentos. Assim, verá que mais importante do que ter uma religião é, de fato, ter uma vida baseada na espiritualidade, na harmonia com o cosmos, na sinceridade, num coração amoroso e na naturalidade."


REFERÊNCIAS:

DURKHEIM, E. As formas elementares de vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989.

MARX, K.; ENGELS, F. Sobre a religião. 2.ed. Lisboa: 70, 1976.

SIQUEIRA, D. Religião, religiosidade e contexto do trabalho. Soc. e Estado. vol.20 n.3. pp. 717-724. Brasília, Sept./Dec. 2005.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Partida de Stephen Hawking (14.03.2018)


Diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) aos 21, Stephen Hawking não se abateu quando médicos estimaram que ele teria pouco tempo de vida (Matéria G1). Para quem não lembra sobre a ELA em específico, deve lembrar do "desafio do balde de gelo", em que muitos famosos gravaram vídeos, campanha essa iniciada nos EUA (jogar um balde de água gelada na cabeça ou doar para ALS Association) e que posteriormente virou febre entre famosos e gente comum.

 Uma carreira prolífica, com descobertas que geraram imensos debates na física teórica e na astronomia. (G1)

"O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância, é a ilusão do conhecimento."
Considero-o um exemplo de persistência e dedicação, pois muitos desistiriam frente a um problema como a ELA, que é uma doença neurodegenerativa 'incapacitante' por causar grande limitação proveniente da fraqueza muscular progressiva, é irreversível e incurável. Bem, estar debilitado não foi razão para esse físico britânico parar sua vida ou carreira. 


O danado, para mim é exemplo de inquietude, brilhantismo e invejável determinação.

Seu campo de investigação científica é instigante, porém sua trajetória de vida é o que mais me chama atenção. Por tão pouco abrimos mão de sonhos ou desejos ao primeiro sinal de dificuldade, mas olhando sua vida sinto-me motivada e consigo claramente ver que, quem nos causa limitações não são as doenças que somos acometidos ou problemas que surgem na nossa trajetória, somos nós que nos limitamos e nos incapacitamos. 

Para saber um pouco mais, em 2014 foi a estreia do filme, 'A teoria de tudo', cujo roteiro foi baseado no livro de mesmo nome escrito por Jane, mulher do físico entre 1965 e 1995. Dirigido por James Marsh, o longa ganhou dois prêmios no Globo de Ouro – melhor ator de drama, para a atuação de Eddie Redmayne, e melhor trilha sonora – e recebeu cinco indicações ao Oscar: melhor filme, ator, atriz, roteiro adaptado e trilha sonora original.(informações G1).


Veja sua trajetória no infográfico abaixo:

Stephen Hawking: Astrofísico britânico morreu aos 76 anos.

terça-feira, 6 de março de 2018

Sigmund Freud - "o grande explorador da alma "

Sigmund Freud (1856-1939)
Judeu, vitoriano, intelectual, workaholic.

Considerado o traidor do 'acordo tácito e hipócrita' de manter escondido o lado obscuro humano.

Depois de assistir esse vídeo ontem na aula, acredito ser importante compartilhar como meio de difundir informações sobre este intelectual, que tanto com a Psicologia. Ele é denominado como o pai da Psicanálise.

A psicanálise é usada como referência a uma teoria. É um método investigativo e uma prática profissional.

Na educação, sua contribuição foi quanto à subjetividade/fatores emocionais e afetivos.


Leia abaixo a entrevista com Freud



Sensacional a entrevista abaixo sobre Freud



sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Salvador, Bahia

Farol da Barra (Acervo Pessoal)
A história do Brasil teve início na Bahia. Salvador foi a primeira capital do país até o ano de 1763. Chamada na época de sua fundação por “São Salvador da Bahia de Todos os Santos”, a cidade passou a ser descoberta pelos colonizadores no ano de 1510, quando um navio francês naufragou em terras baianas, trazendo a bordo um dos mais importantes personagens históricos da colonização baiana, Diogo Álvares, conhecido como Caramuru. Juntamente com a índia Paraguaçu, Caramuru desempenhou importante papel dentro da história da colonização da Bahia. Por volta de 1536, o rei de Portugal, D João III dividiu as terras brasileiras em Capitanias Hereditárias. Os donos das Capitanias eram chamados de donatários e Francisco Pereira Coutinho ganhou parte da território de Salvador, fundado na época como “Arraial do Pereira”. Coutinho teve o comando do Arraial, mais tarde batizada de “Vila Velha” até 1549 na ocasião da chegada de Tomé de Souza, o primeiro governador geral do Brasil. Juntamente com Tomé de Souza desembarcaram em Salvador seis embarcações com uma comitiva de aproximadamente 10 mil pessoas para fundar sob ordens do rei de Portugal, a cidade de “São Salvador”. Após o governo de Tomé de Souza, governaram o país Duarte da Costa e Men de Sá, que teve o comando do país até 1572. Neste período a Bahia era a região que mais exportava açúcar, considerado na época o produto mais exportado do país. A fama e a riqueza da província baiana, despertaram a cobiça de outros países no início do século 17. Nestes tempos Portugal estava unido com a Espanha, colocando várias restrições ao Brasil como, o impedimento do país em firmar relações comerciais com a Holanda. Este fato, ligado a riqueza desencadeada pela exportação do açúcar, fez com que a Holanda resolvesse invadir a Bahia. Uma esquadra comandada pelo holandês Jacob Willekens, chegou às terras baianas em 1624 com 26 navios. Neste período foi construída em Morro de São Paulo a Fortaleza de Tapirandu, uma importante estratégia para defender a Baía de Todos os Santos. Os invasores holandeses ocuparam Salvador e permaneceram por cerca de um ano até serem expulsos pela força luso-espanhola. Salvador foi capital e sede da administração colonial do país até o ano de 1763, quando a sede do império foi transferida para a cidade do Rio de Janeiro. Apesar da mudança da sede da Coroa, Salvador continuou a se destacar dentro do cenário de colonização do país e anos depois na fase de independência do Brasil, em 1822, a capital baiana protagonizou uma luta que se arrastou por mais de um ano, mesmo após o Brasil ficar independente de Portugal. Somente no dia 2 de julho de 1823, a Bahia pôde comemorar a independência brasileira. (A história de Salvador)


A receptividade do baiano é um diferencial. Sou suspeita em falar, por ser baiana, mas tenho que reconhecer as características do meu povo. Lugar de muitas dificuldades sociais, consequentes da história de sofrimento, escravidão, dominação social e outros fatores. Erroneamente, o povo é estigmatizado como 'preguiçoso', em parte, essa ideia é incentivado pela imagem de ícones como o escritor Jorge Amado (registrado diversas vezes no cenário da praia em Itapuã, deitado na rede e tomando água de coco).

Praia de Itapuã
A falsa linguagem caricata de filmes como "Ó, paí, Oh" levam a crença de uma 'fala' cantada e arrastada, porém não é bem assim. Quem conhece a Bahia sabe que as diversas regiões tem seu 'sotaque' próprio. Quem conhece Euclides da Cunha, no sertão da Bahia, equipara a 'fala' ao pessoal de Aracaju-SE. Já os nativos de Feira de Santana (minha cidade), neste sentido, é bem próximo ao de Salvador (105 km + ou -).
Pelourinho/Elevador Lacerda (Acervo Pessoal)

O pelourinho era um instrumento de punição legal utilizado pelos portugueses em todas as cidades do Brasil. Era um poste de madeira ou de pedra, com argolas de ferro, erguido em praça pública, onde os infratores da lei eram amarrados e chicoteados. 


O pelourinho de Salvador foi instalado no século XVI, com a fundação da cidade. Inicialmente, localizava-se na Praça Municipal (atual Praça Thomé de Sousa). Foi transferido depois para o Terreiro de Jesus e, com o protesto dos jesuítas, transferido para um local após as Portas de São Bento, como indicado no Prospecto de Caldas. Em 1807, foi instalado no atual Largo do Pelourinho, até que esse tipo de punição fosse extinto, cerca de 30 anos depois. (Bahia Turismo)

O povo baiano é guerreiro, acorda cedo, trabalha muito, é criativo e gente do bem na sua maioria (em qualquer lugar do mundo existe gente ruim, mal humorada e com comportamentos diversos). Porém é fato que o bom humor impera acima das dificuldades.

O trânsito de Salvador é caótico normalmente, contudo em horários de pico, só Jesus na causa! A rotina de muitos, é acordar de madrugada antes de clarear o dia, ir para o ponto de ônibus, onde muitas vezes tem que suportar o mau humor de motoristas que não param no ponto de ônibus de propósito ou nem esperam o passageiro subir, independente de idade. A ideia que se tem, é que as praias vivem lotadas, pois as pessoas não trabalham (já ouvi isso e até gente que nunca pisou em solo baiano dizer que o comércio é fechado na hora do almoço...😑). Será isso mesmo? Nunca vi isso!
Elevador Lacerda - Vista da Bahia de Todos os Santos/Cidade Baixa (Acervo Pessoal)
Em qualquer dia que se vá no comércio ou na Cidade Baixa ou Cidade Alta, a movimentação de trabalhadores em ebulição é constante. A presença forte de turistas do mundo inteiro é evidente, que sorriem para fotos com as baianas caracterizadas (que muitas vezes cobram por esse mimo...sim, aqui às vezes, acontece isso. Fotos também viram produtos comerciais), mas nos bastidores estão aqueles que se esforçam para que tudo ocorra. Pagando absurdos impostos, suportando o calor infernal dentro do Mercado Modelo ou no Comércio, a instabilidade de humor de cliente a cliente, dentre as tantas dificuldades que as pessoas enfrentam para permanecer de pé no dia-a-dia e no final, voltar no 'buzu lotado' (uma verdadeira lata de sardinha).

Se bem me lembro, muitas vezes que fui na praia, haviam diversos ambulantes tentando ganhar a vida, um modo de sustento (vendendo o famoso picolé Capelinha, lanches diversos, bebidas, sorvete, etc). O comércio é forte, a cidade não pára, nem em dias úteis ou finais de semana e muitas vezes nem nos feriados. Contudo, o índice de desemprego segue alto! Infelizmente, o nordeste segue como um território secundário de atenção nacional, pois o enfoque se mantém no sul e sudeste, quanto aos investimentos públicos. O mercado informal é muito forte com os chamados 'bicos', o velho jeito de levar a vida.
Rio Vermelho ( Acervo Pessoal)

Buracão - Rio Vermelho ( Acervo Pessoal)

Cristo da Barra (Acervo Pessoal)

Praia da Barra (Acervo Pessoal)
Farol da Barra (Acervo Pessoal)

Porto da Barra (Acervo Pessoal)

Uma cidade plena em energia que transborda de forma elétrica no Carnaval e atrai tantos turistas e os points mais disputados para ver o trio passar são Barra/Ondina e as atrações também percorrem o circuito do Campo Grande. Atualmente, o Réveillon também, graças ao atual prefeito A.C.M Neto, que instituiu o Festival da Virada, antes ocorria no Comércio (próximo ao Mercado Modelo) e em 2017/2018, ocorreu no antigo Aeroclube/Boca do Rio, com artistas de renome no território nacional e internacional.

Shoppings como o Barra, Shopping da Bahia, Salvador Shopping, Paralela Shopping e Bela Vista são os maiores. Há menorzinhos e super agradáveis como o Shopping Itaigara, Max Center, etc.

Infelizmente, o índice de violência é alto e só piora. Ter cuidado ao andar nas ruas por causa de furtos e roubo, em qualquer lugar, sem ostentação é o mínimo que se pode fazer.

As críticas sobre a Bahia são constantes, quanto às festas, mas se as pessoas analisarem bem, quantos empregos diretos e indiretos são gerados para viabilizar esses eventos? Atraindo turistas do mundo inteiro, o capital gira não só em Salvador, mas no entorno e em outras cidades que tem suas peculiaridades turísticas, tais como Praia do Forte, Porto Seguro, Trancoso, Morro do São Paulo, Itacaré, Costa do Sauipe, Chapada Diamantina e tantas outras localidades. 

O futebol também é uma paixão, tendo como times protagonistas o Bahia (#BBMP - só os fortes entenderão) e o Vitória. Uma clássica rivalidade!

Itaipava Arena Fonte Nova (Acervo Pessoal)
E as comidas da terrinha...

Acarajé da Nide - Aeroporto de Salvador

Quem não conhece o acarajé? Tem que experimentar!! Mas cuidado quando a baiana perguntar: "quer quente ou frio?", pois ela não está falando de temperatura! A questão é sobre pimenta, até mesmo baianos desinformados caem nessa. Além dessa delícia frita no azeite de dendê, te também o abará, que não é frito. Sem contar outras comidas como as moquecas (peixe, camarão, mista, de siri, etc.

Além da orla, há locais legais para assistir jogo ou para happy hour como os quiosques do Imbuí, com diversos restaurantes/bares e points de venda de açaí e etc. No largo da Mariquita ou no Largo da Dinha, no bairro do Rio Vermelho, é também muito frequentado tanto por turistas quanto por locais; Ponta de Humaitá, tem uma bela vista, mas fica cheio nos finais de semana; e tantos outros points.


Acarajé da Nide, um dos melhores de Salvador. (vindo do Aeroporto de Salvador para Curitiba. É possível!!). 
Meu sogro Nito, quem fez a gentileza de me enviar...estava em abstinência!! Só foi possível colocar camarão seco e vatapá para chegar aqui sem azedar.. Meu marido trouxe bem fechadinho e numa caixinha térmica, para não exalar o cheiro no avião. O completo vem com vatapá com/sem caruru, camarão seco e salada. A pimenta também é opcional.

Moqueca de camarão (feita por mim) em Bauru.
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Itapuã  (Acervo Pessoal)
Cais do Porto da Barra
Terminal de São Joaquim - vista do ferri  (Acervo Pessoal)
Itapuã  (Acervo Pessoal)
Pituba  (Acervo Pessoal)
Praia do Porto da Barra  (Acervo Pessoal)
Jardim Armação  (Acervo Pessoal)
Pena não ter encontrado mais fotos, mas é um passeio válido. A cidade, além das festas tão comentadas, tem muitos museus (inclusive o Museu de Enfermagem que fica no Pelourinho), igrejas históricas, uma diversidade de bares e restaurantes que fervilham diariamente e outros encantos. 

Muita saudade, mas é vida que segue!