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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Crianças e autoestima + recado para a família


Segundo a Nova ortografia é escrita junto, AUTOESTIMA. Mas não deveria ter atenção apenas pela grafia. No contexto da educação familiar e escolar, essa palavra e sua significação deveriam ter extrema relevância, pois quando se rega a autoestima com o devido equilíbrio, ela tende a se elevar e com isso, a certeza de pessoas mentalmente saudáveis e produtivas. 

A infância é uma fase que nos promove base e condições para o que seremos no futuro e reflete as bases de nossas ações. E de acordo com nossas experiências somada à personalidade, além de como lidamos com os fatos e vivências, tal como nossa leitura do mundo, se dão nossas reações às adversidades. Pessoas que têm reconhecimento por suas capacidades e habilidades conseguem manter a autoestima elevada e com isso, maior segurança e firme posicionamento na resolução de dilemas e situações da vida. Porém quando desde a infância sofre boicotes, seja pelas relações interpessoais tóxicas ou por outras questões, as consequências são inevitáveis nos momentos de fragilidade da vida adulta.


Os pais, muitas vezes, tendem a reproduzir exigências que lhe foram passadas pelos seus genitores e atitudes que, consciente ou não, sabem que não promoverão resultados positivos. Jamais podemos esquecer que a palavra proferida não tem como ser retirada, há quem não leve a sério, felizmente! Contudo, nem sempre um insulto é ignorado e pior, pode ser internalizado e as consequências disso são desastrosas, levando a insegurança e a falta de confiança em si mesmo. Ressalto que, as experiências negativas da infância, principalmente em âmbito familiar, tendem a permanecer por longo tempo. Portanto, faz-se necessário aos pais, a responsabilidade em promover um ambiente menos nocivo.

Parece até absurdo ... Vamos refletir sobre algumas ocorrências clássicas!

Pensando que, aquilo que funcionou na educação de João pode não surtir efeito positivo na educação de Maria. Pois cada indivíduo é único, para agir e reagir às suas experiências de vida e emitir uma resposta de como tudo lhe afeta. 

Ser sensível não é ser fresco e assumir uma postura autoritária não garante educação!


Intimidar uma criança afeta sua auto-estima, por isso Sr. Adulto, cuidado com o que fala! 

Ameaças vãs podem simplesmente tirar a credibilidade do adulto que a faz, por outro lado, pode imprimir o selo da insegurança e torná-la algo permanente. Nossos filhos precisam acreditar na nossa palavra e ter segurança de que podem contar conosco. O perigo é quando acreditam nas bobagens que falamos, nos comentários maldosos e preconceituosos, entre outras coisas. 


Sem contar as chantagens... 

quando um genitor faz chantagens, está ensinando o filho a ser um chantagista por tabela! Depois não adianta reclamar quando ele imitar esta atitude. Se é para dar exemplo, faça com consciência!

Outro ponto a ser considerado, são os boicotes que quando internalizados, levam ao sofrimento e co-morbidades que se estendem a fase adulta, refletindo na carreira profissional e até mesmo em relacionamentos. Aquelas comparações que exaltam um e apontam negativamente o outro, principalmente entre irmãos, causam danos muitas vezes irreversíveis e falsas crenças por vezes destrutivas, além de estimular competições ou rivalidades desnecessárias.

A disciplina está longe de ser sinônimo de severidade! Dar limites e dizer não, não traumatiza, pelo contrário, promove o equilíbrio necessário ao convívio social, assim como é uma forma de ensinar o seu filho ou filha a lidar com as frustrações do não. Pois se papai e mamãe não ensina em casa, a vida vai ensinar e não será de um modo suave. Melhor aprender pelo amor do que pela dor!

Algumas pessoas insistem em aplicar castigos nos filhos como lição e exemplo, muitas vezes errando a medida. E ai que está o problema! Esse excesso pode vir a ser transformado em abuso. Fato esse que vai além dos domicílios, são praticados em escolas. Cada qual sabe qual a melhor alternativa para repreender a sua criança, mas é imprescindível que os atos sejam pensados e ponderados.

O exageros infligidos não serão esquecidos, talvez o consciente oculte, mas o que está no inconsciente, lá permanecerá e virá a tona nos momentos mais inoportunos da vida. Mesmo o exagero em fazer que a criança acredite que pode tudo, estimulando o egocentrismo, que também não a fará sair ilesa das experiências interpessoais.

Tudo deve ser feito com parcimônia e muita inteligência emocional, pois criamos os nossos filhos para serem cidadãos do mundo!


Caros Papais, Mamães e Responsáveis!!

Por que não elogiar, falar dos pontos fortes, trocar ideias de como melhorar naqueles pontos não tão fortes assim? Dialogar, ouvir, mostra-se próximos e presentes.

Por que não dar a atenção, mesmo naqueles dias que o corpo só pede cama, mesmo que por um minuto? Trabalhar para pagar as contas é sem dúvida imprescindível, mas dar um beijo de boa noite e fazer guerra de travesseiros ou cineminha é tão quanto, além de ser terapêutico.

É necessário dar e demonstrar carinho, que é um elemento essencial para o desenvolvimento da criança. É preciso integrar a afetividade desde o período da gestação, para que ela se expresse sem  insegurança e que não desenvolva medo de amar e de demonstrar esse sentimento. 

Como é importante cuidar para que nossos filhos sejam mentalmente e afetivamente saudáveis! 

Brinque, permita-se ser criança, partilhe desse universo tão rico, porque passa muito rápido. E às vezes, deixar para depois pode ser tarde demais.

Valorize as habilidades do seu pequeno e dos que já não são mais tão pequenos assim! 


segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Um breve histórico da Psicologia da educação


A Psicologia: uma breve retrospectiva de sua evolução histórica 

Pontos principais da introdução do curso Psicologia da Educação/INEAD
Utilizei o material para estudos e estou compartilhando, partindo da reorganização que fiz para estudar.

PSICOLOGIA

Na ótica do senso comum, é "resultado das experiências de vida dos homens em geral, e que, por isso mesmo, na maior parte das vezes se constitui de erros e acertos. "Enquanto ciência, "busca compreender o processo evolutivo e o comportamento do ser humano tem sua origem inegavelmente nas especulações mais remotas, emergidas do dia-a-dia do senso comum, para uma atividade mais sistemática, mais racional, profundamente influenciada pela visão de mundo do investigador, pelo seu sistema de crenças e valores – a Filosofia".

  • "O termo Psicologia tem origem grega, sendo derivado da junção de duas palavras - Psyché e logos - significando o ―estudo da mente ou da alma.", na atualidade "define-se Psicologia como a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais do ser humano."
Ainda há controvérsias entre os teóricos quanto a psicologia, ter ou não alcançado um estatuto de ciência, porém já é reconhecida na cultura ocidental contemporânea. 

Psicologia como ciência: É considerada "a atividade humana de busca do conhecimento sobre a realidade do ser humano, de forma metodológica e sistemática, ordenada e orientada pelo uso da razão e de um método caracterizado como científico, para a construção de um corpo coerente e coeso de informações verdadeiras sobre o homem, seu objeto de estudo."


OBJETO DE ESTUDO
  • as funções básicas do comportamento humano (aprendizagem, memória, linguagem, pensamento, emoções e motivações); 
  • questões sociais, típicas da natureza gregária e das formas de vida social do Ser humano; 
  • os ciclos de vida e os aspectos do processo de desenvolvimento do Ser humano; 
  • a saúde, suas perturbações e as patologias apresentadas pelo Ser humano, bem como pelas organizações humanas. 

INFLUÊNCIAS FILOSÓFICAS
  • A história da Psicologia se confunde nos seus primórdios com a Filosofia.
  • "Muitas e significativas foram às influências da Filosofia no processo de cientificação da Psicologia."
  • Desde a Antiguidade, os filósofos se ocuparam com os mesmos questionamentos, as mesmas reflexões acerca da natureza do ser humano, os quais permanecem sendo investigados pelos psicólogos até hoje. Contudo, a distinção significativa entre a Psicologia moderna e seus antecedentes filosóficos aponta para a abordagem metodológica e as técnicas empregadas, por uma e por outra, no estudo da natureza humana.
Antiguidade Clássica até o último quarto do século XIX:  Os filósofos preocupavam-se em estudar a natureza humana e para isso empregavam como método a especulação, a intuição e a generalização baseadas em sua limitada experiência sensorial. 

Século XVII: a filosofia que iria alimentar a nova Psicologia estava impregnada do espírito do mecanicismo, o qual concebia o universo como uma grande máquina. Segundo essa doutrina, todos os processos naturais podem ser explicados pelas leis da física, porque são mecanicamente determinados, ou seja, todo ato é determinado por eventos passados.

Seguidores do mecanicismo: O físico inglês Robert Boyle, o astrônomo alemão Johannes Kepler e o filósofo francês René Descartes. 

Relação determinismo x mecanicismo: Do determinismo decorre naturalmente a previsibilidade dos fenômenos, e isso autoriza os cientistas a adotarem o reducionismo como método de análise característico de todas as ciências em desenvolvimento, inclusive a nova Psicologia. 

PANORAMA DA ÉPOCA: A ciência se desenvolvia, métodos que eram descobertos, lado a lado com os avanços alcançados pela tecnologia. A observação e a experimentação tomavam as marcas distintivas da ciência, seguidas de perto pela medição. Só era considerado Científico aquilo que pudesse ser mensurado. A Física, então conhecida como Filosofia Natural, serviu de modelo orientador para os estudos psicológicos. 

PRIMEIRAS ABORDAGENS TEÓRICAS DA PSICOLOGIA MODERNA
  • para ser reconhecida e instituída, a Psicologia teria que adotar os mesmos métodos utilizados para o estudo do universo físico, para explorar, estudar e prever os processos e o comportamento humano. Esses métodos, considerados eficazes, eram experimentais e quantitativos. 
  • A partir do século XVII, o mundo se organizava em torno de novas concepções, novos valores, um novo paradigma. Assim, uma nova Psicologia também estava sendo germinada, e que para ser reconhecida e instituída teria que adotar os mesmos métodos utilizados para o estudo do universo físico, para explorar, estudar e prever os processos e o comportamento humano. Esses métodos, considerados eficazes, eram experimentais e quantitativos. 
OS ALICERCES FILOSÓFICOS DE UMA NOVA PSICOLOGIA: 

Empirismo, Positivismo e Materialismo

Daí, tinha-se um panorama de idéias onde se entendia que os fenômenos psicológicos eram constituídos de provas factuais, observacionais e quantitativas, e eram sempre baseados na experiência sensorial. Por muito tempo, a Psicologia tinha sido considerada puramente mecanicista. Posteriormente, o espírito materialista gerou idéias de que a consciência poderia ser explicada através e em termos da Física e da Química e os pesquisadores se concentraram na estrutura anatômica e fisiológica do cérebro.

EMPIRISMO:

Ao longo da história, o conhecimento até então obtido por esses métodos, os conceitos, a visão que se tinha das coisas, os dogmas filosóficos e teológicos do passado que vinculavam a ciência passaram a ser questionados, gerando um processo de mudança que vai dar lugar ao domínio do empirismo. diferente do racionalismo, afirma que todo conhecimento é adquirido pela percepção do mundo externo ou pelo exame da nossa atividade mental, reconhecendo a experiência como única fonte válida de conhecimento.

POSITIVISMO:

Auguste Comte (1798-1857) - Pai do Positivismo
... em meados do século XIX o pensamento europeu foi impregnado por um novo espírito. 

O Positivismo, que limitou-se apenas a fatos cuja verdade estava acima de qualquer suspeita, ou seja, que poderiam ser comprovados cientificamente, que poderiam ser observados e eram indiscutíveis. 

ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA

O berço da Psicologia Científica é, portanto, a Alemanha do final do século XIX. 

A constituição do referencial científico esteve, como está, diretamente correlacionada com as necessidades da humanidade. 

É natural conceber que, subjacente à ordem econômica e social, está sempre um sistema de pensamento, de valores e assim, contemporâneo ao surgimento e desenvolvimento da ciência, desenvolvia-se um novo sistema de pensamento, que poderia ser sintetizado assim:
  • homem passou a ser concebido como um ser livre, capaz de construir seu futuro; 
  • os dogmas da Igreja foram questionados; 
  • o conhecimento tornou-se independente da fé; 
  • a racionalidade do homem apareceu, então, como a grande possibilidade de construção do conhecimento. 
Estavam dadas as condições materiais para o desenvolvimento da ciência moderna. 

As idéias dominantes no panorama da ciência moderna podem ser assim traduzidas: 
  • o conhecimento é fruto da razão; 
  • a possibilidade de desvendar a Natureza e suas leis pela observação rigorosa e objetiva; 
  • a busca de um método rigoroso, que possibilitasse a observação para a descoberta dessas leis; 
  • a necessidade (decorrente) de os homens construírem novas formas de produzir o conhecimento.
René Descartes 
A visão dualista sobre a relação mente e corpo: 

Qual é a relação entre mente e corpo? 
A mente e o corpo influenciam-se mutuamente?
... ou só a mente influencia o corpo conforme se pensava até então?

Dentre muitas, a maior contribuição de Descartes para a História da Psicologia Moderna foi a tentativa de resolver o problema corpo-mente que era uma questão controvertida e que perdurava desde o tempo de Platão, quando a maioria dos pensadores deixou de adotar uma visão monista (mente e corpo era uma só entidade) e adotaram essa visão dualista (mente e corpo eram de naturezas distintas).


Descartes responde a essa questão com a Teoria do interacionismo mente-corpo, segundo a qual mente e corpo, apesar de serem duas entidades distintas, são capazes de exercer influências mútuas e interatuar no organismo humano. Ele concluiu que a razão mediava todas as relações objeto/sujeito, e só através dela é que se pode chegar à verdade sobre as coisas. 

  • Fez severa crítica ao sensualismo, afirmando que os sentidos poderiam enganar. 

... fez uma passagem pela história da Psicologia que fica inscrita. Após ele, a ciência moderna e a Psicologia se desenvolveram rapidamente.

Wilhelm Wundt - Pai da Psicologia Científica
Wilhelm Wundt é ele quem, nos primeiros anos da evolução da Psicologia como disciplina científica distinta, influencia essa nova ciência e determina seu objeto de estudo, seu método de pesquisa, os tópicos a serem estudados e seus objetivos. 

A Psicologia científica nasce quando, no século XIX, Wundt preconiza a Psicologia ―sem alma e passa a ligar-se às especialidades da Medicina, adotando o método de investigação das ciências naturais como critério rigoroso de construção do conhecimento.

Ciências e Psicologia
  • Psicologia científica como tal, não escapa das influências desse movimento histórico da ciência em geral. 
  • Algumas descobertas no campo da Fisiologia, Neuroanatomia e Neurofisiologia são bastantes relevantes para o avanço da própria Psicologia científica. 
  • Wilhelm Wundt ao desenvolver a noção do paralelismo psicofísico e criar o método do introspeccionismo na Universidade de Leipzig (o primeiro laboratório de Psicofisiologia), na Alemanha, lhe fez merecer o título de Pai da Psicologia Científica. 
Separação Psicologia/Filosofia

A Psicologia Científica vai se libertando da Filosofia, e isso se dá à medida que define seu objeto de estudo, delimita seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas do conhecimento, formula métodos de estudo próprios para seu objeto próprio de estudo e formula teorias, que vão constituir um corpo consistente de conhecimento, com autonomia metodológica, e assim galga o estatuto de Ciência.

Embora a psicologia cientifica tenha nascido na Alemanha, é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento,resultado do grande avanço econômico que colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente. Essas abordagens são:
  • O funcionalismo, de William James (1842-1910). 
  • O Estruturalismo, de Edward Titchner (1867-1927) 
  • O Associacionismo, de Edward L. Thorndike (1874-1949).
FuncionalismoPode ser considerado a primeira sistematização de conhecimentos em Psicologia. 
  • Uma Psicologia que por ser construída numa sociedade pragmática, está voltada para seu desenvolvimento econômico.
  • Perguntas norteadoras: preocupa-se em responder "o que fazem os homens" e "por que o fazem". 
  • Os estudos funcionalistas elegeram a consciência como o centro de suas preocupações.
  • Objetivo: a busca pela compreensão de seu funcionamento. 
Estruturalismo: É um sistema de pensamento que também se volta para a compreensão do mesmo fenômeno que o Funcionalismo: a consciência. 
  • Titchner propõe, contudo, que se estude a consciência em seus aspectos estruturais, isto é, os estados elementares da consciência tomados como estruturas do sistema nervoso central, adotando o mesmo método de observação de Wundt, o introspeccionismo. 
  • Ainda é uma noção estruturalista a de que todos os conhecimentos psicológicos são eminentemente experimentais, produzidos em pesquisas de laboratório.
Associacionismo: Este termo origina-se da concepção de que a aprendizagem se dá por um processo de associação das idéias — das mais simples às mais complexas, de modo que a aprendizagem de um conteúdo complexo, requer primeiro o aprendizado de idéias mais simples, que estariam associadas àquele conteúdo. 
  • Edward L. Thorndike Principal representante da escola associacionista, foi o responsável pela formulação da primeira teoria de aprendizagem na Psicologia. Sua produção de conhecimento se dava em torno da visão de utilidade deste conhecimento, muito mais do que por questões filosóficas, como sempre ocorrera na Psicologia.
  • Thorndike ainda formulou também a Lei do Efeito, que viria a ser de grande utilidade para a Psicologia Comportamentalista e de acordo com a qual, todo comportamento de um organismo vivo (um homem, um rato etc.) tende a se repetir, se for recompensado (efeito) assim que emitir o comportamento. Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (efeito) após sua ocorrência. Pela Lei do Efeito, o organismo irá associar essas situações com outras semelhantes, generalizando essa aprendizagem para o contexto maior da vida.
As três escolas (Associacionismo, Estruturalismo e Funcionalismo) da Psicologia Científica constituíram-se em matrizes para o desenvolvimento de outras abordagens teóricas, no século XX, dentre as quais as três mais importantes são: o Behaviorismo, a Gestalt e a Psicanálise.

 Behaviorismoteoria também conhecida como Teoria S-R (Estímulo-Resposta).

BEHAVIORISMO (1): METODOLÓGICO E RADICAL

BEHAVIORISMO (2): COMPORTAMENTO OPERANTE

  • Criada por John Watson, psicólogo americano.
  • Teve um desenvolvimento grande nos Estados Unidos, em razão de sua aplicabilidade prática. 
  • Sua contribuição mais importante foi à definição do fato psicológico, de modo concreto, a partir da noção de comportamento (behavior). Essa tendência teórica, por esse motivo, foi designada como Behaviorismo, ou também, Comportamentalismo, Teoria Comportamental, Análise Experimental do Comportamento, Análise do Comportamento. 
  • Atualmente, entende-se o comportamento como uma interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente, ou seja, o comportamento não é mais visto como uma ação isolada. As interações entre o ambiente (as estimulações) e as ações do indivíduo (suas respostas), são objetos de estudo do Behaviorismo.
  • O mais importante dos behavioristas que sucederam Watson foi B. F. Skinner (1904-1990), cuja produção teórica tem, até hoje, influenciado muito a Psicologia americana e a Psicologia dos países onde esta tem grande penetração, como o Brasil. 
  • Conhecida por BEHAVIORISMO RADICAL, termo cunhado pelo próprio Skinner, em 1945, para designar uma filosofia da Ciência do Comportamento (que ele se propôs defender) por meio da Análise Experimental do Comportamento, tem sua base teórico-conceitual na formulação do comportamento operante.
  • O Condicionamento operante é a modificação do comportamento (reações e ações de do ser humano), através do controle das consequências que se seguem a um determinado comportamento.

Gestalt Defende a ideia de que o comportamento deve ser estudado nos seus aspectos mais globais, levando em consideração as condições que alteram a percepção do sujeito.


Os gestaltistas não veem o cérebro como uma máquina que recebe e armazena as informações que recebemos pelos sentidos. O cérebro é um sistema cuja atividade eletroquímica transforma as informações recebidas pelos sentidos. A atividade cerebral, segundo a Gestalt, funcionaria de maneira a interpretar e organizar a informação bruta recebida pelos sentidos criando configurações, totalidades organizadas que, como estudamos no vídeo anterior, chamados de Gestalt ou, no plural, Gestalten. (YOUTUBE/Didatics).


  • Diferentemente do Behaviorismo, tem seu berço na Europa, onde surge para negar e combater a fragmentação das ações e processos humanos, nos estudos realizados pelas tendências da Psicologia científica do século XIX. 
    • Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Kôhler (1887-1967) e Kurt Koffka(1886-1941), são representantes de peso desta teoria. Eles se ocuparam em seus estudos de tentar compreender quais os processos psicológicos envolvidos na percepção.
    • Teve como postulado principal a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade, e é a tendência teórica do século XX mais ligada à Filosofia, além de se apresentar como uma das tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia. 
    • Tem na noção de percepção o ponto de partida e também um dos temas centrais de suas investigações e postulações teóricas. 
    • A forma como o indivíduo percebe os processos, são dados importantes para a compreensão do comportamento humano. 
    PsicanáliseÉ uma teoria nascida do trabalho de Sigmund Freud (1856- 1939), na Áustria, a partir de sua prática médico-clínica, e traz para a Psicologia uma grande contribuição que consiste em ter recuperado a importância da afetividade.

    • Tem como grande inovação a elaboração do conceito de inconsciente, tomado como seu objeto de estudo, e a descoberta da sexualidade infantil, rompendo assim com a tradição da Psicologia, até então definida como a ciência da consciência e da razão. 
    • Freud formula A Segunda Teoria do Aparelho Psíquico, introduzindo os conceitos de ID, EGO e SUPEREGO, referindo-se aos três sistemas da personalidade.

    A teoria de Sigmund Freud, a psicanálise, teve um impacto enorme na forma como entendemos a mente humana e, claro, na educação. (Youtube/Didatics)


    TEORIA ESTRUTURAL DE FREUD

    • O termo Psicanálise também é usado para referir-se a um método de investigação e uma prática profissional.
    EM SÍNTESE:

    1 - Do Behaviorismo, o surgimento das abordagens do Behaviorismo Radical (B. F. Skinner) e do Behaviorismo Cognitivista (A. Bandura e, atualmente, K. Hawton e A. Beck). 

    2 - O quase desaparecimento da Gestalt, enquanto teoria psicofisiológica. Entretanto, a tradição filosófica que a fundamenta — a Fenomenologia — avançou por caminhos diferentes, dentre eles o de associar-se ao campo da Psicologia Existencialista, configurando contemporaneamente uma vertente da Psicologia que se volta para discutir as bases da consciência através dos ensinamentos de Jean Paul Sartre. 

    3 - Da Psicanálise originaram-se inúmeras abordagens, como a Psicologia Analítica (Cari G.Jung) e a Reichiana(W. Reich) — dissidências que construíram corpos próprios de conhecimento; e a Psicanálise Kleiniana (MelanieKlein) e a Psicanálise Lacaniana (J. Lacan), que deram continuidade à teoria freudiana. 

    4 - Na Psicanálise, a história do sujeito é singular e cada palavra, expressão ou simbológica, tem um significado único que diz respeito a história pessoal de cada um. Psicologia da Educação: origem e evolução histórica.

    Após essa visão panorâmica da Psicologia Científica, campo de onde se especializa a Psicologia da Educação.

     

    terça-feira, 5 de junho de 2018

    Trabalho de Psicologia - Teste de inteligência Múltipla (Howard Gardner)


    QUAL É A SUA INTELIGÊNCIA?


    Apresentação de trabalho: 05/06/2018
    Docente: Yara Rodrigues de La Iglesia




    Meu teste, como esperado...


    Relacionada ao uso da linguagem. 

    Habilidade de usar a palavra, falada ou escrita.


    Pessoas com essa aptidão tem afinidade com a escrita e com a leitura.

    Qualquer recurso para leitura é válido!


    segunda-feira, 14 de maio de 2018

    Jean Piaget por Ives de La Taille (Col. Grandes Educadores)


    Biólogo de formação, psicólogo que estudou o desenvolvimento cognitivo, filósofo por afinidade, Piaget construiu uma obra longa, coerente e sistematizada. Os conceitos que cunhou marcaram o campo da Pedagogia a tal ponto que muitos o consideram, erroneamente, um educador. Para guiar o professor que pretende conhecer melhor o tema, este vídeo apresenta de forma clara os principais conceitos piagetianos. 


    Jean Piaget é considerado um dos pensadores mais importantes do século XX. Um dos anos mais marcantes de sua carreira foi 1919, quando Jean Piaget iniciou seus estudos experimentais sobre a mente humana e deu início à pesquisa sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas. O conhecimento na área de Biologia levou o escritor a considerar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como sendo uma evolução gradativa. Durante sua vida, Jean Piaget escreveu mais de 50 livros e muitos artigos, das quais a obra mais renomada chama-se Epistemologia Genética. A teoria de Piaget explica como o conhecimento é adquirido e montado na mente humana, desde a infância até a fase adulta. Piaget tem obras reconhecidas em todo mundo que contribuem para compreensão da formação e construção do intelecto. O teórico explica todo o processo de construção do conhecimento e como desenvolver melhores métodos pedagógicos nos sistemas de ensino já existentes. 

    Principais obras de Jean Piaget: 

    • A Equilibração das Estruturas Cognitivas. Problema central do desenvolvimento, 1976 
    • A Epistemologia Genética e a Pesquisa Psicológica, 1974 
    • A Epistemologia Genética, 1971 
    • A Construção do Real na Criança, 1970

    Conteúdo: Histórico e epistemologia genética; Inteligência; Conceitos piagetianos; Estágio sensório-motor; Estágio pré-operatório; Estágio Operatório; Estágio operatório concreto e formal; Desenvolvimento moral; Piaget e a educação; Mitos; O método de pesquisa; Indicações de leitura.


    terça-feira, 8 de maio de 2018

    Fichamento: A contribuição da Psicologia para a Educação. (Kester Carrara)



    TEXTO 1: A contribuição da Psicologia para a Educação.
    AUTOR (A): Kester Carrara
    ANO: 2006
    PALAVRAS-CHAVE: Educação. Psicologia. Pedagogia. Psicologia da Educação
    REFERÊNCIA: Carrara, K. A contribuição da Psicologia para a Educação. Pedagogia Cidadã: cadernos de formação: Psicolo­gia da Educação. São Paulo: UNESP, Pro-Reitoria de Graduação, 2006, 3a ed.


    FICHAMENTO

    Este estudo promove uma abordagem introdutória sobre alguns dos temas e das formas pelas quais a Psicologia, mesmo em um contexto histórico imerso em polêmicas  em sua trajetória para constituir-se enquanto ciência e ainda assim, tem-se tornado indissociável em relação à Educação que constitui, por excelência, uma área de aplicação das descobertas originá­rias de várias ciências e fontes do conhecimento. Ressalta sobre o desafio dos educadores, que além da complexa tarefa de proceder uma articulação relevante e competente dessa multiplicidade cognitiva, assume a incômoda responsabilidade pela tomada de decisões sobre qual alternativa concei­tual adotar no processo educacional. Pontua sobre as divergências entre a abrangência da Educação e a complexidade das abordagens psicológicas, tais como pluralidade de concepções teóricas, epistemológicas e metodológicas referentes às diversas concepções de determinadas frentes da Psicologia. Destacando assim, que um conjunto de pressupostos educacionais sustentados por evidências empíricas e argumentos lógicos academicamente convincentes, obrigando aos professores a função de seguir re­gras pré-determinadas por “guias curriculares” ou documentos afins, onde se delimita, além dos conteúdos “apro­priados”, uma série de cânones com o poder de definir o que é “certo” ou “errado” didática ou pedagogicamente,  pois em caso de negativa, correm o risco da execração institucional. No que concerne à participação da Psicologia no processo educacional, permanece na dependência das próprias dificuldades internas dessa ciência em encontrar sua verdadeira identidade ou, ao menos, em consolidar seus esforços em torno de um arcabouço teórico e prático mutuamente aceitável entre as diferentes correntes. E afirma que, a Psicologia não pode ser entendida como um apêndice que complementa o processo educacional; nem pode ser confundida com o próprio processo educacional, portanto a sistematização de estudos e pesquisas que proporcionem conhecimento seguro e consistente a respaldar as ações educativas é absolutamente necessária e inadiável. Entre as influências distintas das diversas abordagens da Psicologia na Educação, estão a Psicanálise, Behaviorismo Radical, Escola de Vigotski, e outras teorias. Para o autor, é imprescindível que o educador antes de tomar decisão quanto ao segmento e suas implicações para os envolvidos no processo educacional, deve aprofundar-se nos detalhes superficiais da Psicologia.


    quarta-feira, 14 de março de 2018

    Vídeo: Apoio TDA/H


    Se você tem TDA/H ou conhece alguém com esse diagnóstico, certamente vai ter uma identificação com uma ou algumas dessas histórias.


    O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade não pode ser ignorado!



    terça-feira, 6 de março de 2018

    Sigmund Freud - "o grande explorador da alma "

    Sigmund Freud (1856-1939)
    Judeu, vitoriano, intelectual, workaholic.

    Considerado o traidor do 'acordo tácito e hipócrita' de manter escondido o lado obscuro humano.

    Depois de assistir esse vídeo ontem na aula, acredito ser importante compartilhar como meio de difundir informações sobre este intelectual, que tanto com a Psicologia. Ele é denominado como o pai da Psicanálise.

    A psicanálise é usada como referência a uma teoria. É um método investigativo e uma prática profissional.

    Na educação, sua contribuição foi quanto à subjetividade/fatores emocionais e afetivos.


    Leia abaixo a entrevista com Freud



    Sensacional a entrevista abaixo sobre Freud



    sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

    Reflexão: "A parte que falta" (Shel Silverstein)


    Você já leu esse livrinho? Se você estiver numa livraria e pegá-lo, dar uma folheada e ver suas ilustrações, talvez nem considere comprá-lo. Parece algo bobo, dada a sua simplicidade. Mas partindo dela, está sua profundidade. Palavras simples, contudo de peso. Pois descreve nossa busca eterna nesse jogo da vida.

    Primeiro, assistam o vídeo com a leitura do livro e reflitam a fala de Joujout!!


    Já assistia vídeos dela, gosto muito da sinceridade e até mesmo de suas maluquices. Vejo nela autenticidade! Mas o que me interessa neste post, é estimular a percepção que esse livrinho traz, através de uma simples historinha infantil. 

    Nossas vidas e nossos vazios... Encontramos pessoas, coisas, situações ... que parecem nos preencher. Porém, sempre buscamos algo mais!

    "A eterna busca do que falta em mim/em você/em nós!"

    O que nos acontece na vida?

    Sonho com tal profissão... estudo, consigo graduação, especialização, mestrado, doutorado...
    Quero um trabalho que me dê status e garantias... batalho, consigo.
    Quero um amor, um companheiro... e conheço o homem da minha vida.
    Quero um filho. Faço um filho... dois...três...
    Quero uma casa, um carro, jóias, objetos, posses...compro, conquisto!

    Mas mesmo conquistando tudo que se quer, sempre há algo faltando ou alguém. 

    Não necessariamente na mesma ordem ou nem todos os itens, cada vida, sua história.

    A parte que falta... você acha que encontrou, e se engana; não combina ou não se encaixa. Busca tanto que fica no fundo do poço pelas decepções e em um momento, se ergue. Encontra algo que por um tempo parece satisfazer, e então percebe que você basta. E daí, descobre que algo ainda falta. Assim é a vida, são momentos.

    É vida que segue!

    É tão corriqueiro ter gente que não conseguem explicar o vazio que sente. 

    Buscamos ajuda profissional ou até mesmo mística para obter respostas.

    E às vezes, elas nunca vêm!

    Estamos aqui para aprender até mesmo com nossos buraquinhos ou crateras.

    O importante é seguir adiante e buscar bons propósitos para seguir com a caminhada da vida!