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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Crianças e autoestima + recado para a família


Segundo a Nova ortografia é escrita junto, AUTOESTIMA. Mas não deveria ter atenção apenas pela grafia. No contexto da educação familiar e escolar, essa palavra e sua significação deveriam ter extrema relevância, pois quando se rega a autoestima com o devido equilíbrio, ela tende a se elevar e com isso, a certeza de pessoas mentalmente saudáveis e produtivas. 

A infância é uma fase que nos promove base e condições para o que seremos no futuro e reflete as bases de nossas ações. E de acordo com nossas experiências somada à personalidade, além de como lidamos com os fatos e vivências, tal como nossa leitura do mundo, se dão nossas reações às adversidades. Pessoas que têm reconhecimento por suas capacidades e habilidades conseguem manter a autoestima elevada e com isso, maior segurança e firme posicionamento na resolução de dilemas e situações da vida. Porém quando desde a infância sofre boicotes, seja pelas relações interpessoais tóxicas ou por outras questões, as consequências são inevitáveis nos momentos de fragilidade da vida adulta.


Os pais, muitas vezes, tendem a reproduzir exigências que lhe foram passadas pelos seus genitores e atitudes que, consciente ou não, sabem que não promoverão resultados positivos. Jamais podemos esquecer que a palavra proferida não tem como ser retirada, há quem não leve a sério, felizmente! Contudo, nem sempre um insulto é ignorado e pior, pode ser internalizado e as consequências disso são desastrosas, levando a insegurança e a falta de confiança em si mesmo. Ressalto que, as experiências negativas da infância, principalmente em âmbito familiar, tendem a permanecer por longo tempo. Portanto, faz-se necessário aos pais, a responsabilidade em promover um ambiente menos nocivo.

Parece até absurdo ... Vamos refletir sobre algumas ocorrências clássicas!

Pensando que, aquilo que funcionou na educação de João pode não surtir efeito positivo na educação de Maria. Pois cada indivíduo é único, para agir e reagir às suas experiências de vida e emitir uma resposta de como tudo lhe afeta. 

Ser sensível não é ser fresco e assumir uma postura autoritária não garante educação!


Intimidar uma criança afeta sua auto-estima, por isso Sr. Adulto, cuidado com o que fala! 

Ameaças vãs podem simplesmente tirar a credibilidade do adulto que a faz, por outro lado, pode imprimir o selo da insegurança e torná-la algo permanente. Nossos filhos precisam acreditar na nossa palavra e ter segurança de que podem contar conosco. O perigo é quando acreditam nas bobagens que falamos, nos comentários maldosos e preconceituosos, entre outras coisas. 


Sem contar as chantagens... 

quando um genitor faz chantagens, está ensinando o filho a ser um chantagista por tabela! Depois não adianta reclamar quando ele imitar esta atitude. Se é para dar exemplo, faça com consciência!

Outro ponto a ser considerado, são os boicotes que quando internalizados, levam ao sofrimento e co-morbidades que se estendem a fase adulta, refletindo na carreira profissional e até mesmo em relacionamentos. Aquelas comparações que exaltam um e apontam negativamente o outro, principalmente entre irmãos, causam danos muitas vezes irreversíveis e falsas crenças por vezes destrutivas, além de estimular competições ou rivalidades desnecessárias.

A disciplina está longe de ser sinônimo de severidade! Dar limites e dizer não, não traumatiza, pelo contrário, promove o equilíbrio necessário ao convívio social, assim como é uma forma de ensinar o seu filho ou filha a lidar com as frustrações do não. Pois se papai e mamãe não ensina em casa, a vida vai ensinar e não será de um modo suave. Melhor aprender pelo amor do que pela dor!

Algumas pessoas insistem em aplicar castigos nos filhos como lição e exemplo, muitas vezes errando a medida. E ai que está o problema! Esse excesso pode vir a ser transformado em abuso. Fato esse que vai além dos domicílios, são praticados em escolas. Cada qual sabe qual a melhor alternativa para repreender a sua criança, mas é imprescindível que os atos sejam pensados e ponderados.

O exageros infligidos não serão esquecidos, talvez o consciente oculte, mas o que está no inconsciente, lá permanecerá e virá a tona nos momentos mais inoportunos da vida. Mesmo o exagero em fazer que a criança acredite que pode tudo, estimulando o egocentrismo, que também não a fará sair ilesa das experiências interpessoais.

Tudo deve ser feito com parcimônia e muita inteligência emocional, pois criamos os nossos filhos para serem cidadãos do mundo!


Caros Papais, Mamães e Responsáveis!!

Por que não elogiar, falar dos pontos fortes, trocar ideias de como melhorar naqueles pontos não tão fortes assim? Dialogar, ouvir, mostra-se próximos e presentes.

Por que não dar a atenção, mesmo naqueles dias que o corpo só pede cama, mesmo que por um minuto? Trabalhar para pagar as contas é sem dúvida imprescindível, mas dar um beijo de boa noite e fazer guerra de travesseiros ou cineminha é tão quanto, além de ser terapêutico.

É necessário dar e demonstrar carinho, que é um elemento essencial para o desenvolvimento da criança. É preciso integrar a afetividade desde o período da gestação, para que ela se expresse sem  insegurança e que não desenvolva medo de amar e de demonstrar esse sentimento. 

Como é importante cuidar para que nossos filhos sejam mentalmente e afetivamente saudáveis! 

Brinque, permita-se ser criança, partilhe desse universo tão rico, porque passa muito rápido. E às vezes, deixar para depois pode ser tarde demais.

Valorize as habilidades do seu pequeno e dos que já não são mais tão pequenos assim! 


quinta-feira, 10 de maio de 2018

Intolerância, para quê?


Vivemos num mundo cheio de emoções intensas. Nós brasileiros, naturalmente, tendemos a expressar tudo o que sentimos, desde o modo de falar ao modo de agir. Muitas vezes é visível a falta de inteligência emocional vinculada à falta de educação, seja no meio acadêmico ou mesmo no meio profissional.

No caso de educadores ou aspirantes, é imprescindível refletir. 

As pessoas devem fazer uma autoanálise, frente às adversidades das relações interpessoais, tal como:

Que condições tenho para lidar com um público tão heterogêneo na escola, se não consigo administrar minhas relações?

Acredito que, racionalmente, somos capazes de podar nossos comportamentos e controlar nossas atitudes, de modo a viver melhor socialmente. 

Jamais teria eu, a humildade de fazer como a irmã Dulce, como mostra uma cena no filme (veja abaixo):


Essa mulher foi um ícone, conheça a história do "Anjo Bom", como foi intitulada pela sua obra.

Usar o bom senso como uma ferramenta para uma vida melhor e para melhores relações faz uma diferença enorme no dia-a-dia. 

Não tomo como falsidade, quando pessoas me dizem que conseguem relacionar-se com outras que no íntimo não 'gostam', seja porque o 'santo não bateu' ou pela falta de qualquer afinidade. Vejo isso como uso do bom senso e da boa educação. Muitas vezes somos obrigados a compartilhar situações na vida com pessoas que, se houvesse escolha, manteríamos afastadas ... se houvesse escolha! 

Infelizmente, somos obrigados a lidar com isto e felizmente, a vida nos dá oportunidade de exercitar nossas emoções das mais diversas formas e nos mostra que podemos ser mais fortes com esse desafio. Geralmente não é agradável! Mas se vamos gerenciar conflitos na sala de aula, precisamos aprender a ter governabilidade nas nossas ações, para que possamos estimular valores positivos.

Acredito que, aquilo que mexe conosco, mesmo negativamente, nos faz crescer. Temos que ter a sensibilidade de enxergar nos outros, fraquezas que, muitas vezes, eles não vêem em si mesmos. Buscar uma nova forma de olhar, até mesmo os desafetos é essencial, pois muitas vezes, podemos nos fortalecer intimamente com isso.

Uma pessoa que é naturalmente frustrada, problemática e insatisfeita com a vida, vai constantemente tentar atingir alguém com a sua fúria, dispersando uma energia tão negativa, que se o 'alvo' não perceber a situação, será atingido com uma fatalidade extrema. Por tal razão, primeiro devemos observar com um olhar sereno e ver além da casca, além da superfície. Isso nos permite, agir com racionalidade e serenidade. 


Se preciso, contar até 10! Contudo, controlar os impulsos do melhor modo!

Estou dizendo para sermos passivos todo o tempo? Não, nem sempre é possível.

Ignorar ou responder de modo a que a pessoa perceba que a energia que ela emana é indiferente a você, já é suficiente.

Acredito que, devemos buscar soluções ou ajuda para melhorar a qualidade de vida, seja por intermédio de terapia ou qualquer recurso. Pessoas que tem dificuldade de criar vínculos, ou pelo menos, manter um nível mínimo de civilidade nas relações interpessoais, em situações que lhe são conflitantes, devem parar e refletir. Ou ainda, nos casos mais complexos, de pessoas que são xenófobas, homofóbicas, racistas... enfim, que não toleram coisa ou outra de uma forma extrema. 

Será que já se perguntaram, por exemplo: 

Por que 'fulano' me incomoda tanto?

Por que não consigo aceitar a condição ou escolha do outro?  

No que as escolhas dele interferem na minha vida?

E se eu estivesse no lugar dele, seria o modo como gostaria de ser tratado?

E se fosse meu filho ou alguém que eu amo, gostaria de que fosse tratado assim?

Estas perguntas devem ser utilizadas, inclusive em dinâmicas na aula, de modo a trabalhar diversidades. Vejo isso, como uma forma de trabalhar coletivamente problemas sociais.

Pois cabe ao educador, incentivar valores e ética para o exercício da cidadania.

Educação, não só é essencial, mas fundamental! E é um instrumento poderoso de transformação!

Ser educado não é portar uma série de títulos acadêmicos, não é por ter nascido em berço esplêndido ou ter uma conta bancária recheada. 

É simplesmente ter bom senso, exercer a cidadania, buscar equilíbrio para viver as diversas situações que somos expostos e tratar o outro com dignidade (como gostaria de ser tratado), sem julgamento de valores ou fazer qualquer tipo de distinção.


terça-feira, 27 de março de 2018

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Crítica de alheios: pais x filmes


Publicado no meu perfil do Facebook, depois de ler um post do Parto Humanizado

Infelizmente as pessoas continuam apenas usando informações alheias sem investigar sobre o que se trata. É fácil associar desenhos e animação com o público infantil, mas "pasmem, senhoras e senhores, este formato é para todos os públicos!" Cabe aos pais e responsáveis supervisionar o que seus filhos andam assistindo, seja na tv ou na internet. 

E sábias palavras: Tv não é babá! 

Fácil colocar a criança por horas sentada assistindo, sabe-se lá o que, porque é um desenho ou animação e não promover atividades estimulantes como brincar de pega-pega ou focar a atenção em literatura. 

Não sou contra tv ou internet, jamais! 

O que sou contra ? 

Sou contra os julgamentos infundados acerca de assuntos diversos por preguiça de ler um texto completo/buscar notícias por inteiro; sou contra o comodismo de pessoas que tem satisfação apenas com o título de matérias tendenciosas, comprando a ideia alheia sem analisar os fatos; sou contra transformar crianças em seres preguiçosos e tolhidas de atividades que lhe favoreçam o desenvolvimento (em todos os aspectos); sou contra a ideia de que televisão, celular e computador devem assumir o papel de educar, ser babá e "matador de tempo oficial". 

Quanto à "Festa da Salsicha", apenas vi o trailer, com certeza não serve para crianças! 

O que serve para criança, de fato e de direito, é brincar de todas as formas, inclusive para aprender muito além do que a escola pode ensinar e tornar-se cidadão apto a transformar a sociedade, desde já, com pequenos gestos e atitudes.