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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Intolerância, para quê?


Vivemos num mundo cheio de emoções intensas. Nós brasileiros, naturalmente, tendemos a expressar tudo o que sentimos, desde o modo de falar ao modo de agir. Muitas vezes é visível a falta de inteligência emocional vinculada à falta de educação, seja no meio acadêmico ou mesmo no meio profissional.

No caso de educadores ou aspirantes, é imprescindível refletir. 

As pessoas devem fazer uma autoanálise, frente às adversidades das relações interpessoais, tal como:

Que condições tenho para lidar com um público tão heterogêneo na escola, se não consigo administrar minhas relações?

Acredito que, racionalmente, somos capazes de podar nossos comportamentos e controlar nossas atitudes, de modo a viver melhor socialmente. 

Jamais teria eu, a humildade de fazer como a irmã Dulce, como mostra uma cena no filme (veja abaixo):


Essa mulher foi um ícone, conheça a história do "Anjo Bom", como foi intitulada pela sua obra.

Usar o bom senso como uma ferramenta para uma vida melhor e para melhores relações faz uma diferença enorme no dia-a-dia. 

Não tomo como falsidade, quando pessoas me dizem que conseguem relacionar-se com outras que no íntimo não 'gostam', seja porque o 'santo não bateu' ou pela falta de qualquer afinidade. Vejo isso como uso do bom senso e da boa educação. Muitas vezes somos obrigados a compartilhar situações na vida com pessoas que, se houvesse escolha, manteríamos afastadas ... se houvesse escolha! 

Infelizmente, somos obrigados a lidar com isto e felizmente, a vida nos dá oportunidade de exercitar nossas emoções das mais diversas formas e nos mostra que podemos ser mais fortes com esse desafio. Geralmente não é agradável! Mas se vamos gerenciar conflitos na sala de aula, precisamos aprender a ter governabilidade nas nossas ações, para que possamos estimular valores positivos.

Acredito que, aquilo que mexe conosco, mesmo negativamente, nos faz crescer. Temos que ter a sensibilidade de enxergar nos outros, fraquezas que, muitas vezes, eles não vêem em si mesmos. Buscar uma nova forma de olhar, até mesmo os desafetos é essencial, pois muitas vezes, podemos nos fortalecer intimamente com isso.

Uma pessoa que é naturalmente frustrada, problemática e insatisfeita com a vida, vai constantemente tentar atingir alguém com a sua fúria, dispersando uma energia tão negativa, que se o 'alvo' não perceber a situação, será atingido com uma fatalidade extrema. Por tal razão, primeiro devemos observar com um olhar sereno e ver além da casca, além da superfície. Isso nos permite, agir com racionalidade e serenidade. 


Se preciso, contar até 10! Contudo, controlar os impulsos do melhor modo!

Estou dizendo para sermos passivos todo o tempo? Não, nem sempre é possível.

Ignorar ou responder de modo a que a pessoa perceba que a energia que ela emana é indiferente a você, já é suficiente.

Acredito que, devemos buscar soluções ou ajuda para melhorar a qualidade de vida, seja por intermédio de terapia ou qualquer recurso. Pessoas que tem dificuldade de criar vínculos, ou pelo menos, manter um nível mínimo de civilidade nas relações interpessoais, em situações que lhe são conflitantes, devem parar e refletir. Ou ainda, nos casos mais complexos, de pessoas que são xenófobas, homofóbicas, racistas... enfim, que não toleram coisa ou outra de uma forma extrema. 

Será que já se perguntaram, por exemplo: 

Por que 'fulano' me incomoda tanto?

Por que não consigo aceitar a condição ou escolha do outro?  

No que as escolhas dele interferem na minha vida?

E se eu estivesse no lugar dele, seria o modo como gostaria de ser tratado?

E se fosse meu filho ou alguém que eu amo, gostaria de que fosse tratado assim?

Estas perguntas devem ser utilizadas, inclusive em dinâmicas na aula, de modo a trabalhar diversidades. Vejo isso, como uma forma de trabalhar coletivamente problemas sociais.

Pois cabe ao educador, incentivar valores e ética para o exercício da cidadania.

Educação, não só é essencial, mas fundamental! E é um instrumento poderoso de transformação!

Ser educado não é portar uma série de títulos acadêmicos, não é por ter nascido em berço esplêndido ou ter uma conta bancária recheada. 

É simplesmente ter bom senso, exercer a cidadania, buscar equilíbrio para viver as diversas situações que somos expostos e tratar o outro com dignidade (como gostaria de ser tratado), sem julgamento de valores ou fazer qualquer tipo de distinção.


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