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quarta-feira, 11 de abril de 2018

Lista de livros - Harlan Coben

Imagem: Google
Sou apaixonada pelos livros de Harlan Coben. Lembro que descobri este autor, por acaso. Estava numa livraria em Feira de Santana-BA, a procura de um livro de Lars Kepler, como não tinha, o vendedor perguntou se eu já tinha lido algum do H. Coben. Depois daquele de "Desaparecido para sempre", não parei mais.


01. Quebra de Confiança
02. Jogada Mortal
03. Sem Deixar Rastros
04. O Preço da Vitória
05. Um passo em Falso

06. Detalhe Final
07. O medo mais profundo
08. A Promessa
09. Quando Ela Se Foi
10. Alta Tensão 

11. Volta Para Casa
12. Refúgio
13. Uma questão de segundos
14. A toda prova
15. Fingir de morto
16. Cura milagrosa
17. Não Conte a Ninguém
18. Desaparecido para sempre
19. Não Há Segunda chance

20. Apenas um Olhar
21. O Inocente
22. Silêncio na Floresta
23. Confie em Mim
24. Cilada
25. Fique Comigo

26. Seis Anos Depois
27. Que Falta Você me Faz 
28. Não fale com estranhos
29. A Grande Ilusão

Morar em Curitiba-PR

Pátio Batel
Navegando no youtube, deixei um comentário num Canal e creio que é válido transformá-lo em post para o blog. Muitas pessoas como eu, antes de mudarem ou apenas planejarem um passeio, buscam informações sobre o local almejado.

Bacacheri

Curitiba é uma cidade que te dá uma excelente qualidade de vida. Moro aqui desde julho/2017. Inclusive, adotamos Felícia Mel, pouco depois que mudamos. 

É uma cidade linda, em parte tem cara de cidade grande e também, alguns pontos remetem a memória de cidade de interior. Desde que cheguei aqui, me senti encantada com as paisagens e arquitetura. Inclusive, me sinto segura na cidade. Lógico que, como qualquer outro local requer precaução. Mas com o referencial que tenho, como Feira de Santana e Salvador (BA), que hoje em dia estão bem comprometidas no quesito segurança, aqui não fico na paranoia. 

Alguns pontos a considerar em Curitiba...

Começando pela parte boa, aqui temos o que fazer (Cultura e Lazer)
Comedy Club

Cinema é mais caro que em outros lugares, mas tem outras opções fora do shopping. Parques públicos e praças são extremamente convidativos. A Praça do Japão é muito linda, o Parque Bacacheri, Parque Barigui e tantos outros que a cidade oferece. Costumávamos ir muito ao Parque Bacacheri, excelente para quem tem pet. Tem o Parcão, ao fundo do Museu Oscar Niemeyer, mas não gostamos muito e nem Dra. Felícia Mel, ela ama o Pq. Bacacheri. Sem falar no Passeio Público com o mini zoo, lago e uma linda paisagem. Outras opções que a cidade oferece são os museus, ainda não fui ao Museu Egípcio e também há diversos outros pontos históricos. 

A gibiteca também no Centro é massa. E, quanto aos preços praticados em lazer aqui, acho caro (para sair com frequência), mas a cidade oferece alternativas. Pelo site Fundação Cultural de Curitiba é possível ver programações legais e com preços acessíveis, além de cursos que são oferecidos. 

Os food trucks aqui são sucessos, há locais aqui, as vilas gastronômicas, onde há diversos organizados que oferecem variedades como o Ca´dore (Bacacheri), que conhecemos assim que nos mudamos e tem outros que ainda não conhecemos, como o Mercado Sal e Mercadoteca. Só de ver as fotos na internet, passo mal. O Comedy Club também é uma boa dica, no site deles tem a programação, fomos lá uma vez e realmente, rimos litros!
Zombie Walk

Carnaval em Curitiba

Aqui, declaradamente, o que impera é o rock e o carnaval, revela bem isso. O Zombie Walk é uma festa 'zumbi', muitas famílias (papai, mamãe, vovó e vovô, filhos de todas as idades, casais, solteiros, amigos... ).

Foi absolutamente diferente, mas muito divertido e ano que vem, provavelmente estaremos lá novamente. Muito seguro, não vimos confusão, bem organizado.

Buzão

Ônibus continua R$4,25 e segundo o Prefeito, esse valor permanecerá nesse ano de 2018. Muita gente considera caro, mas vale muito a pena. Quem vem de Salvador e creio do Nordeste, sente isso. Lembrando aqui, de quando pegava ônibus na capital baiana, que muitas vezes esperava 01h, 01h30 no ponto e às vezes , o motorista nem parava. Apesar de ter carro, prefiro usar o transporte público para ir ao Centro, por exemplo. O biarticulado, que é o que segue pela via rápida é show, nunca esperei mais de 5 minutos. O estacionamento aqui é caro na maioria dos lugares, sem contar que até em restaurante (muitos) você paga para estacionar e tem também, o serviço da eStar que equivale a Zona Azul em Salvador, se você não usar a cartela certinho, pode ter certeza que vai ser multado. 




Restaurantes/Padarias/Supermercados

Piegel
Comer em Curitiba não é caro (almoço rápido), tem muitas opções de buffet livre para quem come fora e não são caros, a maioria inclui um suco/refresco, boa comida e já vi a partir de R$11,90.

Pizzarias não faltam na cidade, assim como hamburguerias e opção de cachorro quente, points como o Tio Dog, o Madeiro, Kharina e outros diversos points com lanches gourmet (e preço salgado).

Em dia de sábado, tem feijoada com buffet livre na Santa Calábria (av. Paraná), também experimentamos o rodizio de pizzas (doces e salgadas), excelente, em qualidade e preço.

Pizzaria Santa Calábria
Café colonial - em Curitiba, tem muitos ...

Uma doceria que amamos foi a Couer Douce, é como se você pagasse para entrar na melhor festa de aniversário do mundo... maravilhosa!! É tanta opção que você fracionando o máximo, não consegue dar conta. Outras excelentes, Piegel, Brioche, Requinte, tem mais, mas não me lembro agora.

A Caramelodrama é uma delícia de viver também. Um lugar gostoso que descobrimos por acaso e paramos para conhecer. Muito charmoso para ir sozinho ou acompanhado.


Caramelodrama
Tem inúmeras padarias, amamos a Guarani, tudo perfeito e tem bom preço. Boa dica para um café ou tomar uma sopa quando está frio.

Ca´Dore - comida descomplicada
Costumo fazer mercado no Condor, tem muita variedade e os preços são bons, diferente do Muffato/Wall Mart/Extra, que têm excelentes promoções pontuais (um produto ou outro). O Festval é onde há maior variedade de produtos e marcas diferentes, fácil de achar produtos importados, como queijos, vinhos e outras bebidas, o preço como é de esperar 'diferenciado'.

Horta em casa - uma terapia

Uma atividade comum em Curitiba é o cultivo de mini horta/horta vertical e etc. O clima da cidade é propício e para quem gosta, vale super a pena. Os sacolões são melhores opções que os mercados para comprar frutas/vegetais em geral. É fácil encontrar mudas de ervas e vegetais já germinando e de árvores anãs, também.

No Festival a gente encontra muitos hortifrutis tops e de excelente qualidade. Nos outros mercados, tem dia certo, mas mesmo assim, não são muito interessantes. Você demora bastante para escolher pelo menos algo razoáveis. 

Bairros de Curitiba

Escolher o bairro para morar aqui, se você for por internet, como foi no nosso caso... pesquisei primeiro quais bairros evitar. Como resposta obtive CIC, Cajuru, Boqueirão, Xaxim, Bairro Alto e outros. Mas conhecendo pessoas daqui e de fora, que moram nesses bairros, dizem não tem problema algum. A nossa opção foi Bacacheri (na região de Boa Vista) não é barato, um bairro tradicional, não fica perto do centro (30 min de carro), mas é excelente. Próximo do Parque Bacacheri, que é uma das paixões da família e de Felícia Mel (nossa pastor-lata, adotada aqui em Curitiba). Para estudantes há muitas opções, procurando no OLX, AIRBNB e outros sites, tem opções. O Água Verde me lembra um pouco o Itaigara, nobre e próximo de uma área comercial, os prédios são mais antigos, na sua maioria, não tanto como os do Centro. A burocracia daqui para alugar é um inferno!!!!! Vão pedir um fiador com 1 ou 2 imóveis na cidade, caução 5, 6 às vezes mais... é um absurdo!!!! Muito difícil conseguir uma imobiliária justa, tivemos uma certa facilidade, por causa da empresa em que meu marido trabalha. E mais...algo bizarro daqui, alguns locais fazem ressalvas para locação, como por exemplo, não aceitam crianças ou só aceita casal em imóveis com 2 quartos ou mais, não é permitido pets (sendo que diversos locais, inclusive alguns shoppings tem pet friendly, que eu me lembre o Barigui, Curitiba e o Palladium)... O Santa Felicidade é o bairro italiano da cidade, passamos por lá, é onde fica o famoso restaurante Madalosso (o velho e o novo), tem a Vinhos Duringan (me surpreendeu com a diversidade e preços). No centro, o valor de condomínio, às vezes, é mais alto do que o próprio imóvel, sem qualquer opção de lazer. 

Segurança

Nossos amigos/conhecidos de várias regiões do país que vieram para cá, tem a unânime opinião de que achar a cidade segura ou não, depende de referencial, o nosso é a Bahia. Eu acho aqui bem tranquilo em termos gerais. 

E mais...

Aos amantes de livros, aqui tem muitos sebos e grandes livrarias, além de feiras de livro. Na UFPR está havendo venda de livros acadêmicos essa semana, a partir de R$2, segundo o professor de História da Educação. #fica a dica

Na cidade acontece muitos outlets e feiras de roupa, calçado ... é muito comum aqui brechós.


Calçadão da XV é excelente para compras, café, passeio, uma parada no Bondinho da leitura (pode levar o livro mediante cadastro)... e no Centro, muitos produtos e bom preço. É bem comum aqui a comercialização de produtos semi-novos e usados, com lojas específicas para tal. 

sábado, 7 de abril de 2018

Sociologia: Karl Marx x Educação



Suas ideias são clássicas e atemporais, pois podemos aplicá-las na nossa atualidade!!

Max faz crítica severa ao capitalismo, devido à exploração do trabalhador. E na educação...

Conhecimento é poder!

O sistema de elite é para atender as classes dominantes!

Sabemos que as escolas de elite preparam seus estudantes para uma vida competitiva, para o mundo capitalista. Há escolas que oferecem uma diversidade de atividades (línguas e esportes diversos), estrutura 'de shopping center', materiais primorosos, professores com qualificações diferenciadas, qualidade de ensino que prepare para o vestibular, ENEM e disputas internacionais... enquanto, as escolas públicas, dificilmente oferecem carteiras adequadas, material ou estrutura digna, além de professores mal-remunerados e mal-preparados.

Daí, vemos claramente o sucateamento da escola pública, falta de verba em pesquisa e educação... se preparar o pobre para a competitividade do mercado, reduz o espaço da elite. E já sabendo que a maioria da população é focada no consumo, principalmente a classe média que consome mais do que os extremamente ricos e os extremamente pobres. Quanto mais alienação, melhor! Ninguém reclama, elite (inclusive os políticos - em tese, empregados do povo/muito bem remunerados, por sinal) segue com sua vidinha de viagens e consumo; pobre segue passando necessidade, sem moradia digna, alimentação decente e outros itens básicos de sobrevivência...Educação básica soterrada na precariedade. Se adoecer? SUS... em que condições? Quanto tempo numa fila para ser atendido?? Às vezes, não dá tempo. E quem tem plano de saúde? Diversas limitações, inclusive ter que esperar meses para conseguir uma simples consulta, pois alguns médicos priorizam atendimento particular. Autonomia do povo? Zero!

Sem contar, que aqueles professores que atuam em instituições públicas e privadas, simultaneamente, agem  de modo distinto, não generalizando!

Educação é uma ferramenta poderosa, não é para menos que vemos explicitamente o sucateamento das escolas públicas. Quanto menos conhecimento ao dispor do povo, mais a alienação se faz presente, prova disso é a reprodução de ideias (repetição de ideias sem buscar embasamento ou fundamentação) que prejudicam mais aos menos favorecidos, assim como aceitação de uma realidade injusta e a desigualdade social que parece não ter solução.


Paulo Freire na obra 'Pedagogia do Oprimido', refere que é necessário ter conhecimento para construir sua própria história.

Proletários - desprovidos de meios, sem autonomia.

Burguesia - Lembrando que quem condicionou a Revolução Francesa, foi a burguesia. São donos dos meios de produção, da política e economia... com isso, podem produzir sua própria história (classe dominante).

O professor/educador para fazer a diferença deve ter uma boa preparação/formação, comprometimento, direitos assegurados, salário justos... motivação.

Qual a justificativa para a privatização do sistema de ensino no país??

Profissionais da educação tem baixos salários, precariedade da formação inicial dos professores, burocratização dos trabalhos do docente... temos provas incontestáveis da intenção de sucateamento da educação como afirma a Professora Marília Freitas no artigo A contribuição da Sociologia da Educação para a compreensão e educação escolar. Inclusive já postei sobre ele como indicação aqui no blog.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

...o porquê... Por que? Porque... por quê?



Como usar os porquês??


☛ PORQUÊ

Mas por que usei esse 'porquê' (o que está em negrito)? Viu que tem um artigo definido/ plural???

Simmmmmm... esse "PORQUÊ" - junto e com acento, indica um motivo, razão.
  • Aparece quase sempre junto de um artigo [definido - a(s), o(s) ou indefinido - um(a), (s)]. 
  • Pode aparecer junto de um pronome ou numeral. 
  • PORQUÊ - substantivo 
Pode ser substituído por: o motivo, a causa, a razão.

Exemplos: 

1. Todos riam muito e ninguém sabia o porquê.
2. Quero saber o porquê da evasão.
3. Gostaria de entender os porquês dessa revolta.
4. Dê-me um porquê para não ter concluído a tarefa.

☛ POR QUE

Por que você ainda está lendo este post?
  • Por que - separado e sem acento - interrogativo/questionamento. 
  • Usado para fazer perguntas. 
  • Preposição (por) + pronome relativo (que) 
Pode ser substituído por: por que/por qual motivo, por que/por qual razão

Exemplos:

1. Por que você saiu?
2. Por que não posso ir?

☛ PORQUE

Escolhi escrever este post dos porquês, vou te contar por quê. Por que? Porque estou estudando para prova e também, não quero cometer erros na escrita!
  • Esse porque - junto e sem acento, é usado para resposta/justificativa.
  • Une duas orações que dependem uma da outra para ter sentido completo (Eu saí porque quis/Eu saí quis(?) 
Pode ser substituído por: pois, visto que, uma vez que, por causa de que, dado que.

Exemplos: 

1. Grito porque te odeio.
2. Confesso este pecado, porque gosto de dormir em paz.
3. Ela não foi à escola, porque adoeceu.

☛ POR QUÊ
  • Separado e com acento 
  • Aparece no final da frase, seguido de interrogação ou ponto final. 
  • preposição + pronome interrogativo 
Substituir por: por qual motivo, por qual razão.

Exemplos: 

1. Você não comeu o bolo, por quê?
2. O menino saiu da sala e nem disse por quê.
3. Às vezes choro sem saber por quê.

Documentário: Take your pills (Netflix)


Quem tem Netflix, uma dica de documentário é o Take your Pills.

O documentário aborda o uso de estimulantes, visando o cenário social de competitividade que o capitalismo nos remete. Temos que ser excelentes em tudo!!!

Uma das drogas mais comentadas nesse documentário é o Adderall, ainda fala também sobre a Ritalina e outras. Importante é a análise ética que é realizada sobre o uso ou não dessas drogas, também no vídeo, profissionais de saúde dão parecer sobre o uso.

Foram entrevistados estudantes americanos que, mesmo não tendo nenhum tipo de transtorno, como o TDAH, utilizam medicamentos para melhorar seu desempenho acadêmico, além do que as próprias escolas incitam o uso. 

O uso de drogas estimulantes em casos de TDAH, na opinião do paciente e da família, sobre benefícios, malefícios e consequências.

É exibida a trajetória de como iniciou o processo de criação dessas drogas estimulantes até serem difundidas no mercado, o uso abusivo para melhorar concentração, desempenho laboral, desempenho esportivo,etc.



Enfim, um excelente documentário!!! 

Abaixo o trailler - Youtube


Sociologia: Fatos sociais e Solidariedades de Durkheim


Para Durkheim, a sociologia, por finalidade, não só explicar a sociedade como também encontra soluções para a vida social. Ele pode ser considerado um evolucionista, porque considerava que todas as sociedades haviam evoluído a partir da horda, a forma social mais simples, igualitária, reduzida a um único segmento onde os indivíduos se assemelhavam aos átomos, isto é, se apresentavam justapostos e iguais.

Segundo ele, a Sociologia aparece como conhecimento científico, como uma espécie de autoconsciência da sociedade. Durkheim se propôs a tarefa de realizar uma teoria da investigação sociológica e concluiu esta tarefa, embora em condições difíceis e com um êxito que só pode ser contestado quando se toma uma posição diferente em face das condições, limites e ideais de explicação científica na Sociologia. Também, se esforçou para emancipar a Sociologia das demais teorias da sociedade, dando-lhe objetividade e autonomia.

O objeto de estudo da Sociologia, segundo Durkheim são os fatos sociais, que são caracterizados pela coerção social, ou seja, a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, levando-os a conformar-se às regras da sociedade em que vivem, independentemente, de sua vontade e escolha; que eles existem e atuam sobre os indivíduos independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente, ou seja, são exteriores aos indivíduos e pela generalidade. 

Na sua concepção de fato social, Durkheim afirma que o sociólogo deve olhar para os fenômenos sociais como coisas, controlando suas prenoções e se pautando pela objetividade comum a outros ramos da ciência.

É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou pelo menos, na maioria deles., exemplos disso são: Modos de vestir, a língua, o sistema monetário, a religião, as leis, etc.



"O estudo da solidariedade pertence pois à Sociologia. É fato social que só se pode conhecer por meio de seus efeitos sociais."

O objetivo máximo da vida social, de acordo com Durkheim é promover a harmonia da sociedade consigo mesma e com as demais sociedades. Segundo ele, a sociologia não tem o objetivo de comparar as diversas sociedades pelo fato de que todo comportamento humano, por mais diferente que se apresente, resulta da expressão de características universais de uma mesma espécie. E que através do processo evolutivo, foi possível uma série de combinações das quais originaram-se outras espécies sociais identificáveis no passado e no presente, tais como os clãs e as tribos. 
  • A escola é um fato social e – como instituição – cumpre um relevante papel na formatação do comportamento individual em consonância com as regras e valores presentes na consciência coletiva.
  • A arquitetura das casas também constitui um fato social, na medida em que seguimos padrões e obedecemos a um senso estético exterior às nossas consciências individuais.
  • O sistema eleitoral é um fato social, porque pertence à esfera da vida política.


Fato normal x Fato Patológico
  • Fato normal é aquele fato que não extrapola os limites dos acontecimentos mais gerais de uma determinada sociedade e que reflete os valores e as condutas aceitas pela maior parte da população. Ex. O casamento, a educação, a escola, a religião, etc
Para Durkheim a normalidade do fato social só pode ser entendida em função do estágio social da sociedade em questão, pois do ponto de vista puramente biológico, o que é normal para o selvagem não o é sempre para o civilizado, e vice-versa.
  • Fato Patológico é aquele que se encontra fora dos limites permitidos pela ordem social e pela moral vigente. Os fatos patológicos, como as doenças, são considerados transitórios e excepcionais. Exemplo: O crime.
“O homicídio constitui um ato odioso em tempos normais e não o é em tempos de guerra, porque não há neste caso um preceito que o proíba. Isto é, um ato, intrinsecamente o mesmo, que pode ser condenado hoje por um país europeu, pode não sê-lo na Grécia, simplesmente porque não violava, pois, na Grécia nenhuma norma preestabelecida.” 

DURKHEIM, Émile. Sociologia y Filosofia, p. 160, Buenos Aires. Kraft, 1951.


Em sua obra As Regras do Método Sociológico, Durkheim formula com clareza os passos da construção desse objeto. 
  • Para ele, os indivíduos possuem uma constante compulsão para subverter as regras sociais ou o acordo coletivo, sendo necessário, por isso, a atuação de órgãos de repressão como a polícia, para garantir a ordem e o respeito às hierarquias. 
  • A intensa divisão do trabalho social que caracteriza a sociedade industrial moderna, leva, inevitavelmente, à predominância de uma solidariedade orgânica, uma vez que é no dia-a-dia que a interdependência entre os indivíduos pode ser observada, garantindo a coesão social, e comprovando o maior avanço social da sociedade industrial comparado à sociedade primitiva. 
  • Uma vez identificados e caracterizados os fatos sociais, sua preocupação dirigiu-se à conduta necessária ao cientista social. Para ele, é necessário que o pesquisador afaste as suas prenoções e sentimentos pessoais para garantir a objetividade do conhecimento.
Segundo Durkheim, em Educação e Sociedade (1975, p.45), “todo o sistema de representação que mantém em nós a idéia e sentimento da lei, da disciplina interna ou externa, é instituído pela sociedade.” Ou seja, cabe à educação constituir no homem a capacidade de vida moral e social.

As sanções que o indivíduo sofre quando tenta se rebelar contra as normas e regras sociais são: legais ou espontânea.
  • Legais são as sanções prescritas pela sociedade, sob a forma de leis, nas quais se estabelece a infração e a penalidade subsequente. Ex. As multas de trânsito. 
  • Espontâneas seriam as que aflorariam como decorrência de uma conduta não adaptada à estrutura do grupo ou da sociedade à qual o indivíduo pertence. Ex: 
Os tipos de solidariedade social que exploram a teoria sociológica de Émile Durkheim sobre as formas de associação humana em sociedades diversas. O início da Revolução Industrial marcou, para Durkheim, a transição das sociedades tradicionais para as sociedades modernas. Consequentemente, marcou também o período de transição entre os tipos de solidariedades sociais. 

Durkheim argumentou que a nova lógica econômica industrial, a explosão demográfica e a crescente especialização do trabalho foram os grandes responsáveis pela transição entre as sociedades tradicionais e as sociedades modernas. 

As sociedades tradicionais, segundo o autor, estavam estruturadas em torno de um agrupamento de valores que seriam comuns a todos aqueles que faziam parte do grupo. 

Durkheim argumentou que foi diante da grande explosão populacional e do consequente aumento da “densidade moral”, ou seja, o aumento do contato entre diferentes valores e costumes que existiam nos diferentes grupos quando fragmentados, que a força de policiamento moral que as sociedades tradicionais possuíam diminuiu.

Consciência Coletiva surge pela primeira vez na obra "Da divisão do trabalho social", representa o conjunto de crenças, hábitos e sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade, agindo sobre as consciências individuais e estabelecendo um padrão de comportamento. É importante, portanto, entendermos que o conceito de solidariedade no trabalho de Durkheim faz alusão à existência de uma consciência coletiva, um conjunto de valores, noções morais, ideias e costumes que são compartilhados entre os sujeitos de um grupo. Surge como regras fortes e estabelecidas que delimitam o valor atribuído aos atos individuais, definindo o que, numa sociedade, é considerado "imoral", "reprovável" ou "criminoso".

A solidariedade orgânica é própria dos “organismos” sociais pós-capitalistas. Define-se como aquela em que a coesão se dá pela diferenciação das funções. A solidariedade orgânica para Durkheim estaria pautada pela individualização do sujeito social. Em outras palavras, a fortificação das personalidades em detrimento da integridade da consciência coletiva.

A solidariedade mecânica estava inserida na realidade das sociedades tradicionais, anteriores à modernidade, em que o consciente coletivo restringia as ações do indivíduo, que pautava suas decisões em favor das suas ações com as do seu mundo social. O que resultava em uma coesão social muito mais forte e ao mesmo tempo em um policiamento muito mais rigoroso em relação ao comportamento do indivíduo, impossibilitando o desenvolvimento de personalidades de caráter individual, o que seria o ponto de diferenciação entre as organizações modernas e as tradicionais.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Sociologia da Educação: Émile Durkheim



Revisão de Sociologia - aula da Prof. Marli (FSB) - parte 1

A sociologia é uma ciência social humana e através dela podemos compreender a estrutura interna dos grupos. 

A ciência é aquilo que produz conhecimento, portanto a sociologia produz conhecimento sobre a sociedade, de modo que a filosofia não é considerada uma ciência, porque não tem pretensão de apresentar verdades. Contudo, ela incita o pensamento, permitindo uma reflexão mais profunda.

Objetivo da sociologia: Estudar os grupos sociais, ou seja, a sociedade

Pontos observados nos grupos sociais: valores, comportamentos, ética e moral (sem moralismo), organização social (dinâmica de vivência), questões culturais, leis, instituições, burocracias, etc.  
    Os principais fatos histórico-sociais que propiciaram o surgimento da sociologia como ciência, foram a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. 

  • A revolução industrial que veio amparada pelo pensamento iluminista da Revolução Francesa foi reflexo da superestimação das ciências da natureza como a verdadeira forma de construção do conhecimento. A sociologia surgiu diante da necessidade de se compreender os novos fenômenos sociais que fervilhavam em meio à nova sociedade industrial que se formava nas cidades. (Mundo Educação)
No contexto das revoluções do século XVIII:
  •  na Revolução Industrial (1750) 

* Mudança na estrutura econômica - Pioneirismo Inglês (Máquina a vapor)

Marcou a desagregação do Sistema Feudal e consolidação do Capitalismo.

Inglaterra tinha um projeto de país engajado em indústria e comércio internacional. 

Contextualizando: Novo modo de produção, novas relações de produção

No período agrícola, vigorava o trabalho do artesão (rústico, manufaturado), que era dono do seu local de trabalho, das ferramentas e do produto final. Nessa situação, imagina a vida de um sapateiro que Com a Revolução Industrial, o artesão não consegue concorrer com as fábricas, pois a produção passa a ser em série. Assim, de um pequeno empresário, ele é submetido à condição de empregado assalariado, perdendo sua autonomia. 
Resumindo, a produção artesanal familiar perde espaço para as fábricas, que ocupam espaços urbanos e destina grande parte da sua produção para a exportação. Resultado dessa história,  operários explorados com longa horas de trabalho, partindo disso surgiram os primeiros movimentos operários.


Formação de duas classes sociais distintas: proletariado e burguesia industrial.

Fatores para que o processo industrial fosse iniciado na Inglaterra no século XVIII:
  • Chegada da burguesia inglesa ao poder político (séc XVII). Essa ascensão, proporcionou maior participação política da burguesia no Parlamento, desde 1688 (Revolução Gloriosa). 

  • Ingleses acumularam capital por séculos devido ao monopólio comercial durante a Expansão Marítima europeia, desde o século XVII. 
Fontes dessa renda: 
  • EUA era colônia que oferecia matéria-prima, navios; Comércio com as colônias da Espanha; Participação do comércio na Ásia; Tratado com Portugal (1703) - fornecia tecido para Portugal; etc.
  • Uso capitalista do solo que gerou fluxo migratório para cidades industriais, justificado pelo Cercamento: Situação em que os grandes proprietários rurais, valendo-se de decretos reais, incorporavam as terras comunais, e estas eram utilizadas para a criação de ovinos objetivando a produção de lã (matéria-prima da produção de tecidos) nas pioneiras manufaturas têxteis. Essas terras, anteriormente, pertenciam à Igreja Católica e aos camponeses, que foram expulsos de suas terras e obrigados a migrar para as cidades em busca de trabalho nas indústrias. Ou seja, sobra terra para ovelhas e falta para os homens. Fato que gerou inchaço urbano; baixa qualidade de vida (miséria, mendicância, alcoolismo); prostituição; exploração da mão-de-obra feminina; exploração do trabalho infantil; problemas de saúde pública como epidemias, etc.
  • A Inglaterra era dotada de fontes de energia natural (carvão e ferro). Havia importantes reservas de minério de ferro e carvão que posteriormente, tornou-se o principal combustível das inovações técnicas, a exemplo da máquina a vapor (substituta das máquinas movidas à força humana). Troca da força motriz humana pela força mecanizada, o que consequentemente aumentou a produtividade.
  • Mão-de-obra disponível
  • Matéria-prima disponível/mercado consumidor/poderosa marinha mercante.
  • Ética Protestante - acreditam numa necessidade de ser produtivos, acordar cedo e estar disposto a produzir, trabalhar. Porque a ética protestante fala em produtividade, ser autônomo e não depender de terceiros. Crença da aprovação divina, em que se trabalha para progredir e prosperar. Trabalho como caminho da salvação, tendo na ascensão social como benção de Deus. Foco em negócio próprio, ter riqueza, família.. Diferente do católico da época, por exemplo: um nobre francês católico que enxergava o trabalho como algo para escravos.
* Lembrando que, a Revolução Industrial no Brasil, só chegou depois.


Émile Durkheim é considerado um dos fundadores da sociologia moderna. 

Com suas contribuições, o campo sociológico se estabeleceu como uma nova ciência. Durkheim procurou compreender como a sociedade de sua época se organizava e o que mantinha os indivíduos unidos.

Viveu na sociedade do século XIX em transformação devido aos desdobramentos da Revolução Francesa e Industrial, sofrendo as influências das ideias iluministas que apostavam no progresso da humanidade e na necessidade de se criar um novo sistema moral e científico mais condizente com a sociedade industrial.

Influenciado pelo Positivismo de Auguste Comte (1798-1857), que está presente em seu método de estudo: a sociedade deveria ser estudada por meio da observação e experimentação.

A relação entre a Revolução Industrial e o surgimento da Sociologia como ciência: 

A ideia de uma ciência voltada para o estudo das sociedades e os fenômenos sociais surgiu por meio das observações dos intelectuais interessados pelo estudo dos novos fenômenos que surgiam nos meios urbanos crescentes. No entanto, essa nova área do conhecimento só se estabeleceu de fato como Sociologia com os trabalhos de Émile Durkheim. A consolidação do modelo econômico baseado na indústria conduziu a uma grande concentração da população no ambiente urbano, o qual acabou se constituindo em laboratório para o trabalho de intelectuais interessados no estudo dos problemas que essa nova realidade social gerava.

Durkheim concentra sua atenção na divisão do trabalho, que é um fato social presente em todos os tipos de sociedade. Nas sociedades capitalistas, o trabalho é pensado como uma atividade funcional que deve ser exercida por um grupo específico: os trabalhadores. Durkheim entende a divisão social entre trabalhadores e empregadores como uma divisão funcional. Divisão entre aqueles que devem cumprir uma atividade de organização da produção e mando (os empregadores) e os que devem desenvolver uma atividade produtiva (os trabalhadores). Essa divisão, como extensão da divisão do trabalho, promove a coesão social e, por isso, deve ser preservada socialmente. No entanto, nessa divisão há problemas que Durkheim vê como doenças sociais que devem ser corrigidas para que o todo social se desenvolva adequadamente. Se há excessos por parte de capitalistas ou de trabalhadores, deve-se regulamentar suas atividades a fim de alcançar o equilíbrio e garantir a integração social das partes envolvidas. Dessa forma, o lema de Durkheim prevalece: as partes (os indivíduos) devem submeter-se de modo a garantir a permanência do todo (a sociedade). De um lado, o capitalista não se deve deixar levar pelo egoísmo do lucro exacerbado, de outro, o trabalhador não deve questionar sua funcionalidade dentro da divisão do trabalho. Para ele, quanto mais especializado é o trabalho, mais laços de dependência se formam. Assim, quanto mais desenvolvida for a divisão do trabalho, maior será a teia de relações de dependência entre os indivíduos (um padeiro depende de um agricultor, que depende de um ferreiro, e assim por diante).(Blog do Chicó)
  • na Revolução Francesa (1789-1799).

* Mudança na estrutura política - novas relações de poder.


França - Século XVIII - Período de extrema injustiça social na época do Antigo Regime.

Em 1787, antes mesmo do início da Revolução, houve a Revolta dos Notáveis - momento que a população começou a mostrar a sua insatisfação de forma popular.

Em 1789, a população da França era a maior do mundo. Os acontecimentos da Revolução Francesa iniciaram no dia 05 de maio de 1789, e seguiram até 09 de novembro de 1799. Trouxe o fim do arcaico sistema absolutista e os privilégios da nobreza. 

Sistema de governo: Monarquia Absoluta. Rei com poderes absolutos (justiça, economia, política, religião).

Dividida em três estados: O Primeiro estado representado pelo clero (alto e baixo clero) e o Segundo estado pela nobreza (cortesão, provincial ou de Toga). Privilégios desses dois grupos: não pagavam impostos. Fato que incomodou o Terceiro estado. A corte de Luís XVI controlava a França e o custo de seus luxos eram exorbitantes. Isso foi o marco para que a população clamasse pelo fim do absolutismo monárquico, assim como com todos os privilégios que eram possibilitados ao clero e principalmente à nobreza. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza. Influenciados pelas ideias iluministas, revoltaram-se contra os outros segmentos e passaram a lutar por igualdade.



Crise na Economia Francesa: Agricultura enfrentando problemas como secas e inundações; indústria têxtil em concorrência com os ingleses e o comercio prejudicado por estes fatos. O povo sofrendo com a fome, miséria, desemprego e marginalização.

Períodos de política turbulenta: governos de império, ditadura e monarquia constitucional.

Fases da Revolução: Assembleia Constituinte; Assembleia Legislativa; Convenção Nacional; O Diretório.



Queda da Bastilha - A Bastilha era o símbolo do absolutismo francês e sua destruição se tornou o ícone da Revolução Francesa de 1789.

A Revolução Francesa foi extremamente sangrenta. O que nos leva a pensar, quanto de violência justifica uma transformação social?



  • De acordo com Émile Durkheim, os fatos sociais são características que moldam o comportamento dos indivíduos em sociedade. Os fatos sociais são definidos pelo autor como Exteriores ao indivíduo, coercitivos e generalizados, em outras palavras, são modos de agir, de pensar e de sentir, que são exteriores ao indivíduo, e exercem sobre ele uma coerção. 
  • Ele acreditava que Sociologia deveria abster-se de estudar as individualidades dos sujeitos e debruçar-se sobre estudos generalistas acerca dos fatos sociais, que foram definidos por esse pensador como os aspectos de nossa sociedade que moldam as nossas ações em sociedade, tais como a língua, o Estado e a moral. Portanto, os fatos sociais eram exteriores ao indivíduo, pois não dependiam dele para existir; coercitivos, pois a não conformação do sujeito resultava em punição; e generalizados, já que atingiam a todos os integrantes de uma sociedade.
  • A sociologia, para Durkheim, deveria ocupar-se do estudo das sociedades no intuito de entender a fundo os processos sociais que formam a realidade social do Homem, atentando principalmente aos aspectos gerais, e não aos individuais.

Durkheim acreditava que o principal papel da Sociologia era entender os aspectos gerais das sociedades e da realidade do homem social. Para tanto, era preciso considerar principalmente os aspectos gerais, em busca da formulação de uma lei geral do funcionamento social.

"Coisa"

O método utilizado por Durkheim para estudar a sociedade aproxima-se daquele das ciências naturais que busca pela objetividade. Ao observar um fato social o sociólogo deve considerá-lo como “coisa”, como algo externo, procurando afastar as prenoções que carrega acerca daquele fato, libertar-se de falsas evidências, dos preconceitos, de seus sentimentos ou paixões. Deve-se adotar a prática cartesiano da dúvida metódica.

Assista o vídeo documentário sobre Durkheim e a análise dos fatos sociais. 



Livro online: Métodos e Téc. de Pesquisa Social - A.C.G.