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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Bullying homofóbico: Já chega!


A Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como: o uso intencional da força física ou do poder, real ou potencial, contra si próprio, contra outras pessoas ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. Essa definição considera as diferentes formas de violência que não acarretam, necessariamente, em lesão ou morte, ou seja, diz respeito também às situações de desigualdade e discriminação que ocorrem dentro da família, nos sistemas de saúde, nas escolas, nos ambientes de trabalho e nas comunidades em que se vive. Além disso, essa definição associa a intenção de se cometer um ato violento às relações e práticas de poder incluindo, portanto, as ameaças, intimidações, negligências e todos os tipos de abuso — físico, sexual e psicológico.

A homofobia pode ser traduzida em ódio, desprezo, intolerância e rejeição contra pessoas por conta de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero presumidas. A escola costuma ser um ambiente hostil para lésbicas, gays e bissexuais. A maioria das pessoas que se identificam como transexuais ou travestis também sofre as hostilidades produzidas pela homofobia porque, principalmente na infância ou juventude, é vista pela sociedade tão somente como homossexuais. Eles são frequentemente vítimas de piadas, agressões físicas e verbais.

O bullying homofóbico pode gerar consequências, tais como: baixo rendimento escolar; dificuldade de relação social; fobia escolar; depressão; tentativa de suicídio; etc. A invisibilidade pública, o preconceito, o machismo, a misoginia e a lesbofobia, algumas vezes vivenciados desde a infância, podem contribuir para o consumo excessivo de álcool, cigarro ou outras drogas. Também podem contribuir para baixa autoestima, uma depreciação de si, o que pode conduzir ao pouco autocuidado corporal, ao sobrepeso e à baixa procura aos serviços de saúde, por exemplo. Cabe ainda ressaltar que o uso de substâncias químicas não se restringe às drogas psicoativas, inclui também as substâncias usadas para outros fins como, por exemplo, os hormônios (anabolizantes esteroides e hormônios femininos) e silicone líquido, que, se usados de forma inadequada, trazem prejuízos à saúde.

Não só profissionais de saúde, mas nossas condutas, COMO EDUCADORES, devem ser pautadas no acolhimento humanizado e no cuidado da população LGBT, abrangendo, além das necessidades comuns de saúde, demandas específicas que implicam em seu bem-estar com sua identidade de gênero e sua orientação sexual.


Conteúdo do curso: Política Nacional de Saúde Integral LGBT UERJ / UNA-SUS / UNA-SUS/RJ / SUS / Fiocruz / MS


terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Novos tempos: Crianças x Pets

Assistir

O filme 'O poderoso chefinho' crítica de um modo sútil a substituição de filhos por pets, traz também a natural e tradicional disputa entre irmãos (neste caso de um modo particular devido ao contexto do filme). Mas o enfoque é o que esta ocorrendo hoje na sociedade.

As famílias, hoje, analisam o que lhes cai bem... afetiva e financeiramente. Esse filme de um certo modo nos leva a refletir a realidade. Os pets cada vez mais dominam o mercado, as casas e principalmente os corações de famílias e/ou de solitários. O carinho altruísta dos animais cativam com tamanha intensidade que leva algumas pessoas a questionar as opções: filhos ou pets?


Quando colocamos na balança responsabilidades, custos, benefícios afetivos, etc... O que é mais fácil ou mais cômodo?

Crianças crescem e com isso o custo também, pois os pais precisam, geralmente, manter a educação do infantil ao nível superior, vestuário, despesas médicas e necessidades extras como lazer, entre outros custos e itens. Enquanto pets, a despesa basicamente está na alimentação e veterinário eventualmente. Isso falando da parte financeira!

Se bem que, os preços de itens vendidos em pet shops concorrem com os itens vendidos na loja infantil em preço e variedades. 

Passeando em Balneário Camboriú, deparei-me com uma mulher levando o cachorro, uma chihuahua, num carrinho para pet. (uma espécie de carrinho de bebê, mas para pets). Quase igual ou igual a este:


Meu marido ficou horrorizado com a cena, se consigo definir bem a cara dele! Então, conversamos sobre essa inversão. O exagero em infantilizar um animal!

Em dias corridos como os nossos, do mundo adulto, muitas vezes abrir mão de criar filhos (biológicos ou adotivos) torna-se algo conveniente. Óbvio que os pets precisam de atenção e até mesmo de uma rotina, os cachorros mais que os gatos, mas filhos impõe atenção redobrada. Assim, analisamos como as tendências mudam, conforme a lei da praticidade e economia financeira, e de tempo.

Temos nossos filhos (ambos do casamento anterior), Lara e Guga e também nossos filhos pets, uma gata, Maily e uma cadela, Mel (adotadas/resgate). Para quem viu a postagem Estágio em Educação Infantil, vai ver os desenhos (versões) das duas na historinha Nani e seus amigos.


O ideal seria uma família completa, com os pets como adicionais para alegria de todos. Contudo, cada qual sabe o que lhe faz feliz ou o que é conveniente ao seu estilo de vida ou mesmo ao bolso. 

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Direitos Humanos - Para humanos direitos?


DIREITOS HUMANOS PARA HUMANOS DIREITOS! (?)



O QUE SÃO DIREITOS HUMANOS?
QUEM SÃO OS HUMANOS DIREITOS?
PODEMOS JULGAR E DEFINIR QUEM TEM OU NÃO DIREITOS HUMANOS?
QUANDO JULGAMOS ALGO OU ALGUÉM, QUAIS NOSSOS PARÂMETROS?

REFLEXÃO: O que são direitos?
  • garantias 
  • lei
  • obrigação
  • aquilo que é justo
  • (...)

A História dos Direitos Humanos (legenda)


DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

* Declaração não é lei!!

A Organização das Nações Unidas (ONU): Nasceu em 1945, após a II Guerra Mundial. É uma organização internacional com o objetivo de facilitar a cooperação em termos de direito e segurança internacional, desenvolvimento econômico, progresso social, direitos humanos e da paz mundial, e assim promover ou encorajar respeito aos direitos humanos fundamentais. 

ESTRUTURA DA ONU: Formada por 192 estados-membros, incluindo quase todos os soberanos do mundo. 
  • Assembleia Geral: Órgão deliberativo, do qual participam todos os Estados-Membros da Nações Unidas.
  • Conselho de Segurança: Tem o objetivo de decidir resoluções de paz e segurança. São 05 membros permanentes (EUA, Rússia, Reino Unido, França e China), e 10 membros eleitos pela Assembleia Geral para um mandato de 02 anos; 
  • Conselho Econômico e Social: Auxilia na promoção da cooperação econômica, social e no desenvolvimento mundial. 
  • Secretariado: Fornece estudos e informações.
  • Tribunal Internacional de Justiça: Órgão judicial principal.
Além das instâncias administrativas, a ONU também é formada por um grande sistema, chamado Sistema das Nações Unidas, formado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)

A UNICEF é uma agência das Nações Unidas que tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades básicas e contribuir para o seu desenvolvimento. A ONU é financiada por contribuições de todos os seus Estados membros, e tem 06 idiomas oficiais: Árabe, Chinês, Inglês, Francês, Russo e Espanhol

Carta de princípios: Foi proclamada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 10 de Dezembro de 1948, em que se afirma a preocupação internacional com a preservação dos direitos humanos e se define quais são esses mesmos direitos. 

Declaração Universal dos Direitos do Homem: Enuncia os direitos fundamentais, civis, políticos e sociais de que devem gozar todos os seres humanos, sem discriminação de raça, sexo, nacionalidade ou de qualquer outro tipo, qualquer que seja o país que habite ou o regime nele instituído.

Eleanor Roosevelt exibe cartaz contendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1949)
* Nem todos países são signatários, ou seja, assinaram em concordância com os objetivos da ONU.

LINHA DE TEMPO:

O papel das Nações Unidas foi determinante na elaboração dos tratados internacionais, bem como na fiscalização da sua aplicação, para o que existem diferentes comissariados.

1965 - sobre direitos civis e políticos; sobre os direitos econômicos, sociais e culturais; sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial;

1979 - sobre todas as formas de discriminação contra as mulheres;

1984 - contra a tortura e outras penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes;

1989 - sobre os direitos das crianças



Direitos Humanos são os direitos fundamentais de todo ser humano, sem nenhuma discriminação, seja étnica, social, econômica, jurídica, política ou ideológica. Eles constituem condição indispensável para se alcançar uma convivência em que todos sejam respeitados indistintamente. São inerentes a todos, independente de etnia, sexo, nacionalidade, idioma, religião, identidade de gênero, orientação sexual ou qualquer outra condição.

Quem tem direito? TODO SER HUMANO
Condição única: SER HUMANO
Quais direito? DIREITO SOCIAL, CULTURAL, ECONÔMICO, ETC...

Estes direitos tem como características importantes: 

- São universais, porque são para todos.
- São históricos, pois sua leitura independe do tempo em que se vive.
- São inalienáveis, pois ninguém pode tomá-los de você.
- São irrenunciáveis, pois não se pode abrir mão.

Os Direitos Humanos comumente são estigmatizados como "direitos de bandido".
OBS.: Mas pode ser limitado! Em casos em que, mediante uma ação criminal, vigora a legislação do país. Ressaltando que, os direitos humanos não defendem impunidade. Exemplo: encarceramento (privação de liberdade). Porém, depende da Constituição de cada país, há casos de pena de morte.

Mais informações: ONU - O QUE SÃO DIREITOS HUMANOS?


A desigualdade social tão evidente, está vinculada a falta de respeito aos direitos humanos. Pois uma sociedade privada de moradia digna, alimentação, uma renda estável, acesso à educação/capacitação profissional de qualidade e segurança é fraca, instável e não honra os direitos de cidadania. Tais como equidade, progresso social, ou seja, melhores condições de vida para todos.


Acesse - versão simplificada:



Dinâmica - Diversidade sexual para Fundamental II



     A diversidade cultural se opõe a homogeneização e a imposição cultural. Historicamente, os preconceitos são passados de geração em geração, e é notável que a sexualidade ainda é um assunto cercado por tabus sociais, mesmo em tempos de globalização. 
     É na escola, um espaço interacional, onde ocorrem os encontros entre diversidades de todos os tipos e práticas sociais. Deste modo, deve-se pensar no espaço escolar como o local propício para trabalhar a inclusão às diversidades e desconstrução do preconceito.
      Lima (2008, p.35) considera que o preconceito implica um sentimento ou uma ideia estereotipada de características individuais ou grupais, que correspondem a valores negativos. Contudo, é importante considerar que a sociedade brasileira é constituída pela pluralidade, o que torna imprescindível o trabalho de inclusão social, o que remete a importância da escola nesse sentido.

      A palavra inclusão pressupõe acolhimento, levando em consideração a aceitação, valorização e compromisso. A sensibilização e um novo olhar por parte de educandos e educadores nesta tarefa, com intuito de minimizar prejuízos acadêmicos e emocionais, faz-se essencial.

Um modo de trabalhar o assunto com o Fundamental II



Exibição do vídeo “Medo de quê?"

Sinopse: Desenho animado sem palavras, elaborado para provocar reflexões críticas que contribuem para o respeito à diversidade sexual e redução da homofobia entre homens jovens. Marcelo é um garoto que descobre o desejo e afetividade com outro rapaz jovem e o vídeo acompanha parte de sua trajetória. Marcelo é um garoto que, como tantos outros, é cheio de sonhos, desejos e planos. Descobre que sente atração afetivo-sexual por rapazes. Seus pais, seu amigo João e a comunidade onde vivem têm outras expectativas em relação a ele, que nem sempre correspondem aos desejos de Marcelo. Esse desenho animado sem falas é um convite à reflexão sobre esses medos e à busca de uma sociedade mais plural, solidária e cidadã.

Objetivo de aprendizagem (pode-se explorar a temática de acordo com a pretensão do educador e faixa etária/maturidade/cultura dos educandos):

Promover discussão sobre padrões de comportamento em relação ao namoro e a vivência de Marcelo, em experimentar uma relação hétero e homossexual;

Refletir a razão pela qual a sexualidade do outro causa incômodo;

●  Propiciar uma análise aos educandos sobre o comportamento e as expectativas e relações sociais do personagem (família, amigos, amor);

Inquirir aos educandos, se há certo ou errado quanto à orientação sexual do personagem, considerando o comportamento da família e amigos do mesmo;

● Refletir sobre as questões de intolerância às diversidades sexuais apresentadas no vídeo, observando o contexto nas entrelinhas da história;

Analisar sobre o que é o convencional na sociedade (heteronormatividade) e as relações homo afetivas;

Observar como os educandos pensam sobre as relações homo afetivas;

Promover reflexão sobre a empatia, cidadania, humanização.

Propiciar aos alunos, um olhar sensível e de respeito à livre orientação sexual, com a ideia de reduzir o ímpeto de discriminação e sexismo.

Promover uma reflexão sobre homossexualidade e homofobia, procurando sensibilizar os participantes a uma maior aceitação da diversidade sexual humana.

Proposta a ser desenvolvida: Aula interativa com apresentação do vídeo "Medo de quê?" (18 minutos), produzido com uma parceria ECOS, Instituto Promundo, Instituto PAPAI e Salud Gênero.

Estratégia: Apresentação do vídeo “Medo de quê?”. Após assistir, ouvir opiniões dos educandos acerca do vídeo. Inicialmente, o mediador não oferecerá julgamento de quaisquer tipo. Após ouvir os educandos, informar sobre o tema central e objetivos da atividade. Fazer questionamentos que induzam a reflexão sobre a história, promovendo analogias à sociedade em que vivemos, ressaltando sobre o direito de escolha de cada um, colocar-se no lugar do outro, além de ressaltar que todos somos iguais, porque somos humanos, e principalmente, temos direito de escolher o que nos faz feliz.

Recurso: Computador, tela de projeção.

Avaliação: Observar participação da turma e interesse pela temática. 

REFERÊNCIA: Medo de quê? Produção Aliança H, com parceria da ECOS, Instituto Promundo, Instituto PAPAI e Salud Gênero. Duração: 18 minutos. Promoção da cidadania e dos direitos humanos para a população GLBTTT. Porto Alegre: Grupo Outra Visão, 2006. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=oryExiO5PL4 Acesso em 31 de outubro de 2017. 

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Estágio em Educação Infantil



REGÊNCIA

Data: 08/12/2017

O planejamento da regência foi elaborado com base no que observei durante os dias de estágio, prender a atenção das crianças, tais como histórias com animais e imitação de sons, música e dança. Com base neste contexto, elaborei um livro utilizando papel A4 com desenhos feitos por mim.

Com base na ideia do livro " Viviana, a rainha do pijama" (S. Webb), resolvi criar um material bem colorido e todo feito a mão. Para dar um pouco mais de rigidez, colei em posters de revistas.

PS: Esqueci de tirar as fotos antes de o material ser manuseado pelas crianças 🙈

 A história de título “Nani e seus amigos em: A grande festa”, com 12 páginas, todo feito manualmente e multicolorido, contendo muitos desenhos de animais. De imediato, ao expor o material, a curiosidade tomou conta da turma e assim, junto às educadoras que encontravam-se na sala, organizamos as crianças em círculo.

Descrição da história: Uma menina chamada Nani, que em parceria com seus pets, a gata Maily e a Cadela Mel, resolveram fazer uma festa e convidar seus amigos com seus respectivos pets, através de cartinhas e junto com a resposta de comparecimento, solicitava a música favorita dos convidados. Cada qual representava um grupo, tais como fadas, soldados, realeza, índios, marinheiros, aventureiros, fazendeiros e ciclistas.



As peninhas são verdadeiras - colhidas no parque. As crianças, uma a uma, tocaram para exercitar a sensibilização.
CONVITES









Conforme fazia as leituras dos convites e respectivas respostas, cantávamos a música escolhida, dentre elas: “A dança da fadinha”, “Marcha Soldado”, “Se você está contente”, “Os indiozinhos”, “Marinheiro só”, “Negro lindo”, “Pintinho amarelinho” e “Caranguejo”.

A ideia original era que após cada música fosse dado o brinde confeccionado com base no contexto da história, todos feitos de papel, caneta colorida, lápis de cor e glitter. Contudo, precisei deixar para o final, pois causou agitação entre as crianças pela curiosidade, ocasionando desentendimento entre os pequenos. Dentre os brindes havia: varinhas para fadas, chapéus de soldado, coroas, cocares, barquinhos, borboleta, tartaruga, celulares Icreche e ovelhinhas.


Após finalizar os convites e as confirmações, cantei um trecho da música “Tempo de alegria” - Ivete Sangalo e joguei bexigas coloridas para o alto. Todos brincaram tanto com as bolas quanto com os brindes. Porém, a professora decidiu recolher para evitar disputa.

Acredito que as crianças gostaram, visto que interagiram cantando e dançando.😁🙏

Na maior parte do tempo, a maioria prestou atenção e mostraram-se curiosos a cada página. Um momento interessante foi quando na p.03, visualizaram o cachorro e fizeram imitação, assim como tocaram as peninhas de verdade que estavam coladas na página e também reconheceram alguns animais, como a aranha.


Em geral, como avaliação, foi satisfatória a experiência e consegui prender a atenção da maioria por tempo considerável e atendeu as minhas expectativas.