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domingo, 8 de julho de 2018

Bauru (SP) - Churravolks Interclubes

Facebook Churravolks Interclubes - Bauru (SP)

Morei em Bauru-SP por alguns meses, antes de mudar para Curitiba-PR.

É uma cidadezinha pitoresca no interior de São Paulo, próxima de Agudos.

Bem pacata, baixíssimas ocorrências de violência, tais como roubo, sequestro, etc. Também, não tem muita agitação ou tantas festas. Basicamente tem 2 shoppings principais, o Bauru Shopping e o Boulevard, que eu frequentei bastante. 

Esse post tem enfoque central num evento que conheci e amei em Bauru!

- CHURRAVOLKS 
( 5a. ed. outubro/2016 )


Para os amantes de carros antigos ou simplesmente, diversão em família.

Esse festival é tudo de bom!

A maior festa air cooleds do centro oeste paulista.

Evento anual, realizado no Parque Vitória Régia.



Rola também sertanejo de raiz e sertanejo universitário


para justificar o nome do evento 'Churravolks...


 A velha costela de chão!!!

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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Diferentes configurações no ensino da língua portuguesa


     


  As diferentes configurações no ensino da língua dependem da concepção de linguagem. É imprescindível que o professor conheça as diferenças entre os tipos de concepções de linguagem, para que esteja ciente de sua prática e de qual tipo de aluno deseja formar.

       Historicamente, quando apenas a elite frequentava escolas, praticava-se apenas o ensino da norma culta, dentro de um conceito tradicionalista, com tendência a limitação e de caráter excludente. De acordo com Soares (1986), o ensino era baseado no reconhecimento da língua considerada como legítima, aquela que segue as regras da norma culta. Em vista disso, nas concepções tradicionalistas, a linguagem tem significado limitado, denotando ou expressão de pensamento ou instrumento de comunicação. Posteriormente, com a democratização da escola, decorrente do acesso da burguesia às instituições de ensino, houve a inserção das variedades linguísticas. Devido à esse prévio conhecimento, houve dificuldades e estranhamentos quanto ao aprendizado da norma padrão ensinada com enfoque na Gramática Normativa.

Como recusa à alienação do tradicionalismo, o professor que elege a prática da concepção interacional da linguagem, acolhe estas variedades linguísticas sem preconceito, respeitando-as sem críticas para não bloquear o aprendizado, pois são úteis à comunicação e interação social, com isso ressalta-se a ideia de que o mundo da cognição e o mundo da vida estão interligados e influenciam-se mutuamente (BAKHTIN, 2002)

A concepção interacionista é utilizada desde o século passado por ser uma forma eficiente de formar um sujeito crítico, pois através da leitura de textos com ênfase em análise de conteúdo, é possível compreender além das entrelinhas e de mera interpretação, e mais, possibilita também o reconhecimento da estrutura dos diversos tipos textuais, comparações de ideias, além de troca de impressões com terceiros.

Prática interacionista:

Deve-se agregar a gramática à linguagem em uso, como modo eficaz de aprendizado global. Partindo dessa ideia, usa-se a leitura como uma atividade interativa de produção de sentido, contemplando conhecimentos de mundo, linguístico e textual. Nessa conformidade, além da compreensão do texto, consolida-se a mobilização de conhecimento com enfoque na interação do autor, do texto e do leitor.

A consolidação do hábito de ler desde a educação infantil, trabalhando sempre com temas diversificados, remete a formação tanto de bons leitores quanto de bons escritores. Pois o estímulo a leitura em consonância com a prática interacionista favorece a evolução na forma da escrita proporcionando o desenvolvimento de um estilo próprio e incorporação de novo vocabulário. Nesta visão, na prática do professor das séries iniciais, deve-se manter uma rotina de exploração de textos com função social e gêneros diversificados, permitindo a ampliação da competência comunicativa sem priorizar gostos pessoais. Sobretudo, privilegiar o uso de textos diversos através de leitura e análise exaustiva de ideias em vários aspectos tais como conteúdo, estrutura e linguagem, e também produção de texto, interpretação e exploração da gramática.

Outro importante propósito da concepção interacionista é o de conduzir o aluno ao amadurecimento do discurso próprio seja oral ou escrito, ressaltando a importância da linguagem de qualidade, pois ao expressar-se é preciso ter em mente o interlocutor, tornando-o capaz de construir textos ou diálogos com objetividade e clareza de ideias, simplicidade e didática.

Segundo Gonçalves (2014), o ato interlocutivo não deve se isolar das atividades cotidianas, visto que a linguagem não está dissociada de nossas ações e, portanto, aprender uma língua significa participar de situações concretas de comunicação. Sendo assim, é fato que não existe linguagem dissociada do ser humano, pois esta existe para ele e por ele, é o que o diferencia.

Para Bakhtin (2002) é implícita a necessidade de uma reorientação em termos de ensino de língua, com finalidade em capacitar o aluno nas práticas de oralidade, de leitura e de escrita. Assim, este método interacional, busca contextualizar o ensino de Língua dentro de um espaço histórico cultural conforme as experiências e realidades cotidianas.

Portanto, o professor que opta pela concepção de linguagem interacionista deve atuar como mediador no processo ensino-aprendizagem, todavia considerar que a escola é um espaço privilegiado de aprendizagem associado ao contexto sócio-histórico-cultural e à subjetividade dos alunos. De modo que, por meio de desafios no cotidiano deve-se promover a formação de cidadãos críticos e dotados de autonomia.


REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. [VOLOSHINOV, V. N.]. Marxismo e filosofia da linguagem. 11. ed. São Paulo: Hucitec, 2002 [1929].

GONÇALVES, A. V. O fazer significar por escrito. Selisigno – IV Seminário de Estudos sobre Linguagem e Significação, v. único, p. 01-10, 2004.

SOARES, M. Linguagem e Escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1986


Sociologia da Educação: Concepções de educação Marx x Durkheim