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sexta-feira, 16 de março de 2018

Educação:: Pesquisa (base 2015) sobre analfabetismo no trabalho


Conforme dados dessa pesquisa que mede habilidades de leitura, escrita e matemática

No estudo “Analfabetismo no Mundo do Trabalho” foi dado o mesmo diagnóstico de suas últimas edições, publicadas em 2009 e 2011, de que um a cada quatro brasileiros pode ser considerado analfabeto funcional.


A pesquisa, divulgada pelo Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa com base no ano de 2015, testou cerca de 2 mil pessoas de zonas urbanas e rurais. O grupo de pesquisadores priorizou a análise como forma de contextualizar os efeitos dessa taxa de analfabetismo funcional no mercado de trabalho do Brasil. 

Resultados:
Conforme a Pnad, em 2015, 17,1% da população brasileira com 15 anos ou mais eram analfabetos funcionais, o que pelos critérios do Inaf, que estima os níveis de alfabetismo por meio de testes que avaliam o grau de domínio de habilidades de leitura, escrita e matemática aplicados a uma amostra representativa da população brasileira entre 15 e 64 anos, e define como analfabetos funcionais as pessoas que não conseguem realizar tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases, ainda que uma parcela dessas pessoas consiga ler números familiares (números de telefone, preços etc.), mostra que a proporção de analfabetos funcionais nesta faixa etária não se alterou entre 2009 e 2015, permanecendo em 27%. Tal resultado repete o fenômeno que vem ocorrendo no Brasil desde os anos 1980, ou seja, a taxa de analfabetismo vem caindo principalmente devido ao crescimento do número de crianças que ingressam nas séries iniciais do Ensino Fundamental e não ao sucesso dos programas de jovens e adultos desenvolvidos ao longo das últimas décadas.
Entre 2011 e 2015, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), disponíveis no Observatório do Plano Nacional de Educação (OPNE), houve uma discreta redução do percentual de analfabetos absolutos no País, passando de 8,6% para 8%. Este percentual está bastante aquém do proposto pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que estipulava que essa taxa se reduzisse para 6,5% em 2015. 
Com base nesses dados, podemos verificar também que existem grandes discrepâncias em nível regional e por faixa etária. Enquanto Alagoas mantinha uma taxa de analfabetismo de 20%, o Rio de Janeiro e Distrito Federal tinham 3% da população acima de 15 anos analfabeta. A região Nordeste mantinha taxa de 16,2% diante de 4,1% na região Sul do País. Em 2015, em meio à crise econômica, foram reduzidos os recursos e vagas destinadas ao programa, fazendo com que o País ficasse ainda mais distante da possibilidade de cumprir a meta 9 do PNE.
Em 2017, um comunicado da coordenação do Programa Brasil Alfabetizado tornou ainda mais restrito o acesso ao programa, uma vez que se estabeleceu que apenas os municípios com taxa de analfabetismo superior a 24,6% receberiam recursos. Isto quer dizer que menos de um terço dos municípios brasileiros serão atendidos por programas de alfabetização de adultos a partir desse ano. A nova diretriz limita também o programa a 100 vagas por município. (Estadão)
Segundo a diretora executiva do IPM, Ana Lúcia Lima:“O Brasil não tem sido capaz de garantir oportunidades de acesso a uma educação de qualidade a todas as crianças e jovens e, em consequência, depara-se com limitações significativas na formação da população acima de 25 anos, principal força produtiva no País. Mesmo no caso da geração mais nova, entre de 15 a 24 anos, que tem mais escolaridade, é preciso avançar nos níveis de aprendizagem para fortalecer o desenvolvimento social e a produtividade e capacidade de inovação de nossa economia”, pontuou.
"Para atingir a meta do PNE, é preciso fomentar políticas públicas específicas que levem em conta as experiências de vida de jovens e adultos", afirma Roberto Catelli Jr, da Ação Educativa, e Ana Lucia Lima, do Instituto Paulo Montenegro


Clique para acessar a pesquisa na íntegra:

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